25 mortos e mais de 70 feridos no terceiro dia de escalada de Israel contra os palestinos. Os mortos são jovens líderes, mulheres e quatro crianças. Os sionistas que declararam que o Estado de Israel é para judeus, não discriminam: basta ser palestino ou mesmo árabe para ser alvo de bombardeio. Foi morto o comandante Ali Hassan, da unidade de mísseis Al-Quds.
Segundo o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, o bombardeio de Israel contra cidadãos qualificou como horrível massacre e ato de terrorismo de Estado organizado. Comunicado oficial diz que a agressão traduz a prática da doutrina da matança, a incineração e o genocídio, que o poder do ente ocupante professa durante muito tempo contra os palestinos.
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Reivindicando direito de autodefesa, desde a Faixa de Gaza os palestinos do Hamas e da Jihad Islâmica dispararam uns 500 mísseis sobre cidades israelenses. Mas os danos foram irrelevantes comparados com o estrago feito pelas forças armadas de Israel, armada e financiada pelos Estados Unidos.
Tão grave foi a violação dos direitos por Israel que a ONU teve que se manifestar contra essa escalada de violência iniciada por Israel, com a clara intenção de borrar do mapa a Palestina e o povo palestino.
Cannabrava | Palestina vive estrangulada por Israel, mas está viva e luta pela libertação
Tor Wemesland, Coordenador Especial para o Processo de Paz no Oriente Médio, da ONU, qualificou de inaceitável a morte de civis. Menciona em nota oficial a morte de 13 palestinos, 3 membros da Jihad Islâmica, um médico, cinco mulheres e quatro crianças e mais de 20 feridos, em ação militar na terça-feira (9).
O conselho da Liga Árabe realizou reunião de emergência também na terça, no Cairo, e encaminhou na quarta-feira pedido à Corte Penal Internacional para que investigue os crimes de lesa humanidade perpetrados por Israel, seja através de assentamentos, anexações de território, deslocamento forçado de pessoas, assassinatos seletivos e bombardeio sobre população civil. As agressões não se limitam sobre a Faixa de Gaza, afligem também Jerusalém, Jenin, Nablus, Jericó e Ramallah.
A declaração da Liga Árabe exige que o Conselho de Segurança da ONU assuma sua responsabilidade de manter a paz na região e pressione Israel a não seguir atacando mulheres e crianças.
Também o Parlamento Árabe repudiou o ataque e reiterou a necessidade de se tomar posições positivas e sérias para deter os ataques e estabelecer o estado independente com Jerusalém como capital.
IHH/Flickr
Palestinos recebem a notícia da morte de entes queridos após bombardeio de Israel – Gaza, 20 de novembro de 2012
A chancelaria da França também emitiu nota repudiando as agressões contra a população civil e manifestando preocupação pelo que qualificam de nova escalada de Israel. Igualmente o governo do Líbano e o Hizbolah manifestaram solidariedade para com a luta do povo palestino.
Essa escalada ocorre um ano depois do assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh, da TV Al Jazeera, quando cobria ataque dos soldados sionistas à cidade de Jenim, no norte da Cisjordânia.
O 11 de maio foi declarado pela Liga Árabe como o Dia da Solidariedade Global com a Mídia Palestina, ocasião para despertar atenção da opinião pública, das elites jornalísticas e intelectuais, bem como dos organismos de direitos humanos, sobre a necessidade de denunciar as práticas e os planos sistemáticos de Israel.
O ministério de Relações Exteriores do Irã destacou que a agressão sionista se realiza em vésperas do Dia da Nakba, em que se rememora 75º aniversário da tragédia palestina, da expulsão de milhões de palestinos de suas casas e território.
Paulo Cannabrava Filho, jornalista editor da Diálogos do Sul e escritor.
É autor de uma vintena de livros em vários idiomas, destacamos as seguintes produções:
• A Nova Roma – Como os Estados Unidos se transformam numa Washington Imperial através da exploração da fé religiosa – Appris Editora
• Resistência e Anistia – A História contada por seus protagonistas – Alameda Editorial
• Governabilidade Impossível – Reflexões sobre a partidocracia brasileira – Alameda Editora
• No Olho do Furacão, América Latina nos anos 1960-70 – Cortez Editora
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