As notícias de hoje sobre o que está ocorrendo em Gaza, sob bombardeios de Israel, fazem lembrar as atrocidades cometidas por Adolf Hitler nos países ocupados pelos nazistas.
Centenas de pacientes feridos e acamados de um hospital de Gaza receberam neste domingo (29) mais um ultimato das forças militares de Israel. E, pior, neste hospital, crianças estão sendo operados sem anestesia, porque Israel não permite que remédios entrem na região. Logo após o ultimato, as tropas bombardearam os arredores do hospital.
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A tragédia dessas crianças, operadas sem anestesia, está indignando o mundo inteiro. A pergunta que se faz aos fascistas de Tel Aviv é uma só. Como esses pacientes vão deixar o hospital Al-Quds, localizado na cidade de Tel al-Hawa, um dos poucos que ainda não foi destruído pelas bombas?
Esses pacientes não podem se locomover. E se pudessem, para onde eles iriam? A ditadura israelense continua bombardeando toda a Faixa de Gaza. É a decretação de morte coletiva. Assim como Hitler fazia.
As tropas de Netanyahu já haviam cortado a entrada de alimentos e água e, no fim de semana, cortaram também o que havia de energia elétrica e interromperam o funcionamento da internet em Gaza.
Uma repórter da TV Al Jazeera relatou que, embora bombardeios tenham sido registrados nas proximidades do hospital Al-Quds, a unidade de saúde não foi diretamente atingida no momento. Isso, no entanto, gerou apreensão devido à presença de mais de 400 pacientes no local, muitos dos quais estão em tratamento intensivo.
Foto: State of Palestine-MFA/Twitter
Mesmo com a Assembleia Geral da ONU tendo aprovado por 120 a 14 o cessar-fogo imediato, a ditadura israelense intensificou a carnificina
Cirurgias sem sedação
Médicos que atuam no local disseram no sábado (28) que procedimentos cirúrgicos como amputações estão sendo realizados sem a devida sedação dos pacientes por falta de suprimentos. Léo Cans, chefe da missão da MSF nos territórios palestinos, afirmou à AFP que faltam narcóticos, sedativos e opioides: “Fazemos muitas operações com meia dose de sedativo, o que é terrível”.
“Às vezes, para certas operações, é sem anestesia mesmo”, diz Cans. O médico afirmou que na última semana uma criança de 10 anos teve parte do pé esquerdo amputado no chão do hospital “porque todas as salas de cirurgia estavam lotadas”.
Mesmo com a Assembleia Geral da ONU tendo aprovado por 120 a 14 o cessar-fogo imediato, a ditadura israelense intensificou a carnificina de palestinos na Faixa de Gaza durante o fim de semana, através de ataques por ar, mar e terra. A votação da ONU mostrou o profundo isolamento de Israel e dos EUA, a única potência a votar contra a proposta de paz. O número de civis mortos por Israel na região é incalculável.
O secretário-geral da ONU, António Guterres criticou o desrespeito de Israel à decisão da ONU. “Essa situação precisa ser revertida. Reitero meu forte apelo por um cessar-fogo humanitário imediato, juntamente com a libertação incondicional dos reféns e a entrega de ajuda humanitária no nível que corresponda às necessidades dramáticas da população de Gaza, onde uma catástrofe humanitária está se desenrolando diante de nossos olhos”, reafirmou o secretário da ONU.
Cannabrava | Genocídio em Gaza
Mas, segundo ele, a aprovação foi ignorada por Israel. “Lamentavelmente, em vez da pausa, fui surpreendido por uma escalada sem precedentes dos bombardeios e seus impactos devastadores, prejudicando os objetivos humanitários mencionados”, disse. “Devido ao colapso nas comunicações, também estou extremamente preocupado com a equipe da ONU que está em Gaza para prestar assistência humanitária”, alertou.
Além de seus crimes contra a humanidade, o ditador israelense tentou culpar as forças militares de seu país pelo fracasso da defesa de Israel e causou indignação entre os soldados. Ele culpou o establishment militar e de segurança pelos fracassos que levaram ao ataque-surpresa do Hamas. Os comentários de Netanyahu na rede social geraram uma resposta furiosa, inclusive de dentro de seu próprio Gabinete. A postagem foi excluída rapidamente pelo ditador.
Redação Hora do Povo
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