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Não podemos fechar os olhos diante de nenhum tipo de racismo ou exclusão, diz Papa

O Santo Padre fez um apelo à paz e ao respeito de “toda vida humana” com motivo das revoltas surgidas nestes dias nos Estados Unidos
Rosa Die Alcolea

Tradução:

Por causa das revoltas sociais nos Estados Unidos pelo assassinato do afro-americano George Floyd, o Papa Francisco condenou todo tipo de “racismo ou exclusão” e recordou que “a violência das últimas noites é autodestrutiva”. 

Deste modo, o Pontífice se une à Igreja de São Paulo e Minneapolis, e a todos os Estados Unidos, “para rezar pelo descanso do alma de George Floyd e de todos os demais que perderam suas vidas pelo pecado do racismo”, segundo expressou na audiência geral. 


O Santo Padre fez um apelo à paz e ao respeito de “toda vida humana” com motivo das revoltas surgidas nestes dias nos Estados Unidos, por uma serie de distúrbios sociais após a morte de George Floyd, de 46 anos de idade, durante sua detenção na cidade de Minneapolis no dia 25 de maio.

“Não podemos tolerar nem fechar os olhos diante de nenhum tipo de racismo ou exclusão e pretender defender a santidade de toda vida humana. Ao mesmo tempo, devemos reconhecer que a violência das últimas noites é autodestrutiva e provoca autolesão. Nada se ganha com a violência e muito se perde”, agregou. 

Nos Estados Unidos, o arcebispo de Washington, monsenhor Wilton D. Gregory, qualifica como “desconcertante” a instrumentalização política dos lugares e símbolos religiosos por parte do presidente Donald Trump.

Esta reação se produziu depois que Trump oferecesse uma foto em frente à igreja episcopal e de sua visita ao santuário nacional dedicado a João Paulo II. 

Gestos de Trump

Efetivamente, no dia 2 de junho de 2020, o dirigente estadunidense acudiu à igreja episcopal de São João, onde levantou um Bíblia para as câmeras depois de que a polícia despejasse com gases um parque onde havia manifestantes pacíficos.

Mais tarde, acompanhado por sua esposa Melania, se trasladou à praça do santuário nacional de Washington dedicado al papa Wojtyla para realizar um gesto de homenagem em frente à estátua de São João Paulo II. 

Trump utilizou estes gestos para se opor aos protestos pela morte do afro-americano George Floyd, que desatou uma onda de violência que desde também desgarrou a cidade de Nova Nueva York.

Reação do arcebispo de Washington

Não obstante, a escolha dos símbolos religiosos provocou a reações da Igreja Católica local e queixas similares por parte da episcopal. 

“Me parece desconcertante e censurável que qualquer instituição católica aceite ser manipulada e que se abuse dela de tal maneira que se violem nossos princípios religiosos que, em troca, nos chamam a defender as direitos de todas as pessoas, inclusive aqueles com as que podemos estar em desacordo”, declarou o arcebispo de Washington em um comunicado.

São João Paulo II, sublinha a nota do prelado, “foi um ardente defensor dos direitos e da dignidade do seres humanos. Seu legado é um testemunho vivo desta verdade. Certamente não aprovaria o uso de gases lacrimogêneos e outros elementos dissuasivos destinado a silenciar, dispersar ou ameaçar estas pessoas só para ter a oportunidade de uma fotografia na frente de um lugar de oração e paz”. 

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Rosa Die Alcolea

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