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“Nossa votação servirá para fortalecer lutas da classe trabalhadora frente aos ataques”, diz del Caño

Nicolás del Caño, dirigente nacional do PTS, e candidato a presidente, encabeçou a conferência de imprensa da Frente de Esquerda Unidade
Redação Esquerda Diário
Esquerda Diário
Buenos Aires

Tradução:

Nicolás del Caño, candidato a presidente pela Frente de Esquerda Unidade e dirigente nacional do PTS (organização irmã do MRT na Argentina), abriu a conferência de imprensa.

“Em primeiro lugar, queríamos denunciar o escândalo que significou esta contagem provisória. E Mauricio Macri riu de todo o povo argentino nos dizendo momentos atrás que teríamos que ir dormir.”

Nicolás del Caño, dirigente nacional do PTS, e candidato a presidente, encabeçou a conferência de imprensa da Frente de Esquerda Unidade

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Nicolás del Caño, candidato a presidente pela Frente de Esquerda Unidade e dirigente nacional do PTS (organização irmã do MRT na Argentina),

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Evidentemente houve um voto de punição, uma clara derrota do governo de Mauricio Macri. Uma grande parte do povo trabalhador utilizou o instrumento do voto na chapa Fernández-Fernández para castigar o governo de Macri. Nesse marco a Frente de Esquerda Unidade está fazendo uma eleição importante. Segundo nossos dados, estaremos fazendo uma eleição acima dos 800 mil votos, superando o resultados das PASO (eleições prévias) de 2015. Apesar da enorme manobra que fizeram os partidos do regime, tentando hiperpolarizar a eleição, a Frente de Esquerda Unidade fez una importante eleição.

Quero destacar dos dados de nossos próprios fiscais, que nós fizemos uma importante eleição na Cidade de Buenos Aires, na qual, na categoria de deputados federais com nossa companheira Myriam Bregman [do PTS] encabeçando a chapa, temos uma importante eleição que nos coloca em muito boas condições para outubro, para ingressar com um deputado da Cidade de Buenos Aires no Congresso Nacional.

Também na enorme e estratégica Província de Buenos Aires, a FIT-U faz uma importantíssima eleição, onde a chapa é liderada por Néstor Pitrola para deputado federal, estamos fazendo uma eleição que nos coloca frente a possibilidade de lutar por mais de um deputado nacional pela Província.

Também quero dizer que fizemos uma importante eleição em províncias como Mendoza, Jujuy e Córdoba, com importantes eleições na categoria de deputado federal com Alejandro Vilca em Jujuy, Liliana Olivero em Córdoba e Lautaro Giménez em Mendoza, em Neuquén também com Raúl Godoy.

Esta grande campanha que nós fizemos com o esforço enorme, uma campanha militante a plenos pulmões. Quero agradecer a todos e todas que militaram para que nossas ideias chegassem em todo o país. A Frente de Esquerda, uma força de trabalhadores, uma força da juventude, e de muitas das mulheres que foram protagonistas da maré verde na Argentina, pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito, que para a Frente de Esquerda é uma prioridade.

Nesse marco creio que esta eleição da esquerda nos localiza com uma forte presença na vida política nacional, como nós viemos fazendo frente ao que está por vir. Seguramente será muito difícil para as maiorias populares, porque tentarão descarregar a crise junto ao Fundo Monetário Internacional sobre as costas da classe trabalhadora.

Por isso necessitamos fortalecer a Frente de Esquerda Unidade, com mais bancadas no Congresso e nas legislaturas, para fortalecer cada uma das lutas da classe trabalhadora frente aos ataques que estão vindo. Para que a crise seja paga pelos grandes empresários, pelos banqueiros, pelos que a geraram.

Quero cumprimentar as centenas de milhares que apostaram na FIT Unidad, que superaram a manobra da polarização, então o nosso abraço. Está apenas começando, vamos a fazer uma grande campanha até outubro”.

Romina del Plá (PO), companheira da chapa de Del Caño, disse que “a campanha que se abre da Frente de Esquerda nesta etapa vai estar mais que nunca ligada as lutas que se dedicam os trabalhadores”. Além disso denunciou o plano desvalorizador do peronismo. “Temos que preparar o terreno, porque vai se acentuar a intervenção do peronismo e da burocracia social para uma transição ordenada”.

Juan Carlos Giordano, da Esquerda Socialista, disse que “esta eleição marca o colapso de um governo da fome e ajustador, milhões votaram contra a pobreza e o subjugação ao FMI. Compartilhamos essa alegria, mas a FIT-Unidad também teve a coragem de dizer que assim como Alberto Fernández pode ser usado como um voto punitivo contra Macri, disse que iria a manter a submissão a dívida externa”. 

Por último, Celeste Fierro (MST), disse que “estamos muito satisfeitos pela eleição da Frente de Esquerda Unidade. Mas quero remarcar o golpe que sofreu o governo. A eleição marca que devemos romper com essa falsa polarização, a FTIU conseguiu fazer um andar muito importante para outubro. Esta militância percorreu todo o país, e nos localizou como quarta força. Devemos redobrar os esforços. Temos a responsabilidade de chegar a todos lados com nossas propostas, para fortalecer as bancas, porque são as nossas referências quem vão estar com quem saem para lutar em cada lugar do país. Quem vem vai a aplicar mais ajuste, para isso temos que se preparar e este é um voto de confiança”. 

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Redação Esquerda Diário

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