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O roubo da história

Revista Diálogos do Sul

Tradução:

Do Açoitador de Plantão*

Chicotadas na MídiaPara a Biblioteca Digital do Senado, por duas décadas da história do Brasil, só existiu o senhor José Sarney, que foi e é senador biônico, senador e governador do Maranhão.

Além de digitalizado, Sarney, o eterno, também deverá ser mumificado.
Além de digitalizado, Sarney, o eterno, também deverá ser mumificado.

Deu no “Estadão” de domingo (16/3). Quem pesquisar no período de 1970 a 1990, terá a impressão de que só existiu um político em solo brasileiro, o maranhense José Sarney. Conhecido por ter transformado o Maranhão em um feudo de sua propriedade e de seu clã, agora aparece como ladrão da história do Senado e da própria República, a história da nação.

Sarney também foi presidente de 1985 a 1989, por ter sido ungido candidato a vice-presidente de Tancredo Neves (1910-1985) que morreu antes de tomar posse.

São 10.677 texto no acervo de jornais e revistas que aparecem quando o assunto é Sarney. Até a saúde de sua mãe, Dna. Kiola, aparece na busca mas não aparece nada sobre a Constituinte.

Sobre a Assembleia Constituinte de 1988, ha um arquivo exclusivo em que José Sarney aparece com 19.847 textos, 58 por cento dos quase 34 mil registros.

É o maior roubo da história jamais ocorrido em território brasileiro. Porém, perde para o roubo maior praticado pelas tropas brasileiras no Paraguai em 1879. Levaram do país que já havia deposto as armas, todos os documentos do arquivo nacional, a história paraguaia desde a sua fundação até o término da guerra da Tríplice Aliança. Este arquivo reclamado hoje pelo povo paraguaio continua guardado no Itamarati.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Revista Diálogos do Sul

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