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ToggleVivam Vanjas!
Em 1968, a atriz, cantora, cineasta e ativista política Vanja Orico se ajoelhou frente a um comboio do exército durante passeata contra o Regime Militar.
“Eu estava seguindo a passeata, quando o comboio avançou e resolvi pará-los, me ajoelhando diante deles e gritando que não atirassem, que éramos todos brasileiros, tentando evitar mais mortes. Foi o ato mais importante de minha vida”, escreveu Vanja.
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Vivam Odetes!
passeata dos 100 mil – Rio de Janeiro – 1968 – contra a censura pela cultura – ela e elas mãos dadas, passos fortes na construção de liberdades sempre em risco: vivam odetes…na foto eva-todor-tonia-carrero-eva-wilma-leila-diniz-odete-lara-norma-bengell e vc!
Vanja, filha do escritor, diplomata e acadêmico Osvaldo Orico (1900-1981), ficou famosa durante o movimento chamado Ciclo do Cangaço, entre os anos 1950 e 1970, e conquistou o título de musa do gênero. Participou de sucessos como O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto, premiado no Festival de Cannes; Lampião, o Rei do Cangaço (1963); Cangaceiros de Lampião (1967) e Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro (1972).
O início de sua carreira ocorreu quando Vanja morava na Itália. Seu primeiro filme, Mulheres e Luzes (1950), foi dirigido pelos cineastas Alberto Lattuada e Federico Fellini, no qual ela canta o tema folclórico Meu Limão, Meu Limoeiro. A atriz soltou a voz em outros trabalhos, entre eles a icônica cena de O Cangaceiro, em que Vanja entoa a música Sodade, Meu Bem, Sodade.
Vanja é mãe do cineasta Adolfo Rosenthal, de 53 anos, de seu casamento com o engenheiro francês André Rosenthal, que morreu em 1999.
A cantora, atriz e cineasta Vanja Orico, nome artístico de Evangelina Orico, morreu no dia 28 de janeiro de 2015, no Rio de Janeiro, aos 85 anos, vítima de complicações decorrentes de câncer no intestino. Ela também sofria de Alzheimer e estava internada no Hospital Copa D'Or, em Copacabana, desde o dia 11 de Janeiro de 2015.. Ela foi enterrada no cemitério São João Batista, no bairro do Botafogo.