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ToggleApós a divulgação do suicídio de Fernando Albán, ex-vereador metropolitano comprometido na frustrada tentativa de homicídio do presidente Nicolás Maduro, a Venezuela enfrenta uma nova campanha difamatória articulada pela oposição e encampada por meios de comunicação da imprensa internacional, sabidamente vinculados e submissos aos interesses da ditadura mundial do capital financeiro.
Embora as provas apresentadas pelo Ministério Público Federal sejam robustas e inquestionáveis, uma nova onda de críticas, ameaças, informações duvidosas e deslavadas mentiras, estampam as manchetes de jornais e TVs e uma enxurrada de fakes news está sendo amplamente divulgada e distribuída pelas principais agências de notícia do mundo, com o claro objetivo de difamar e atacar o governo e as autoridades venezuelanas..
Telesur
Procurador Geral da Venezuela reitera que autópsia comprova que Fernando Álban se suicidou
Num movimento claramente planejado e articulado pelos líderes da oposição venezuelana, também vários governos de países latino-americanos subservientes aos Estados Unidos, em especial, os dos países participantes do autodenominado Grupo de Lima, comandados pelo secretário geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, manifestaram seu apoio às mentirosas versões difundidas pelos partidos de direita da Venezuela, que afirmam ter “absoluta certeza da responsabilidade do governo de Nicolás Maduro pela morte de Álban”.
Sintomaticamente, o suicídio do ex-vereador ocorreu após apenas algumas semanas de um outro suicídio praticado por um outro militante oposicionista filiado ao partido Primeiro Justiça. Neste contexto, desconhecendo todas as provas apresentadas pelo autoridades policiais e judiciárias, o noticiário internacional apresenta como verdadeiras as mais variadas e estapafúrdias hipóteses, todas no sentido de vincular e responsabilizar as autoridades venezuelanas pela morte do ex-vereador, que comprovadamente estava envolvido na criminosa tentativa de magnicídio.
Contra atacando e comprovando que estas mortes não têm qualquer vinculação, nem são de responsabilidade do governo, em coletiva à imprensa, o Procurador-Geral da República, Tarek William Saab, informou aos jornalistas presentes que “os resultados da autópsia podem ser auditados por qualquer perito, já que ela foi registrada em fotografias e vídeos”.
Antes de cometer o suicídio, Albán tinha consciência de que seria judicialmente processado por sua participação no atentado contra o presidente Nicolás Maduro, que aconteceu em 4 de agosto, durante a cerimônia comemorativa pelo 83 º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana.
Saab informou também que foram encontradas provas mais do que suficientes da participação de Álban no atentado e criticou a manipulação do tema por setores da oposição “que parecem desconhecer todas as evidências e provas que confirmam as ações de caráter conspirativo e ativa participação de Álban na tentativa do magnicídio”.
Ex-vereador do município de Libertador, cidade localizada na região metropolitana de Caracas, Fernando Álban, foi preso no dia 5 de outubro ao desembarcar no Aeroporto de Caracas de um voo procedente de Nova York. Sua prisão ocorreu atendendo uma ordem judicial fundada em robustas evidências e provas.
Três dias após sua prisão, Albán se lançou do décimo andar do prédio sede do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), na central Plaza Venezuela, após ter solicitado ao carcereiro “para utilizar o banheiro localizado fora de sua cela”
Resposta
Ante a exigência da comunidade internacional de solicitar uma investigação independente, o Ministério Público da Venezuela assegurou que o procedimento contou com todo o material fotográfico e audiovisual, assim como com o resultado da autópsia respectiva sobre este incidente.
“As conclusões das investigações confirmam a tese do suicídio. O cidadão faleceu em conseqüência dos ferimentos resultantes de uma queda. Não sendo encontrada qualquer evidência da existência de qualquer outra lesão física anterior ao seu ato desesperado”, ratificou Saab.
Saab reafirmou que a autópsia pode ser auditada por qualquer interessado e que Albán estava vivo e sadio antes de se atirar do décimo andar do prédio da Sebin” e afastou todas as especulações sobre um possível assassinato do militante do Primeiro Justiça, acrescentando que tais especulações e acusações, para além de serem totalmente inverídicas, são delituosas, constituindo-se na prática do crime de difamação contra as autoridades venezuelanas.
Foi ainda informado aos jornalistas que serão designados mais dois investigadores especializados em delitos contra os direitos humanos e também em delitos comuns, para a realização de novas investigações pertinentes ao episódio, visando esclarecer definitivamente o ocorrido.
Assim, segundo Saab ,”é óbvia a utilização da morte de Albán no contexto das estratégias políticas adotadas por setores da oposição venezuelana”.
“O ex-vereador sabia muito bem que seria investigado e que continuaria preso preventivamente, já que haviam sido encontradas mais de duas mil mensagens de chat confirmando sua participação na conspiração e na tentativa frustrada de assassinato do Presidente Nicolás Maduro”, finalizou o Procurador.
Mentira como instrumento político
Dentro do mesmo contexto, o presidente da Assembléia Nacional Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello, registrou que estas acusações são semelhantes às mentiras habitualmente utilizadas pelos políticos da oposição venezuelana e qualificou de hipócritas aqueles que estão usando a trágica morte de Álban para se promoverem politicamente.
Cabello também rechaçou todas as versões “espalhadas” por notórios porta-vozes da direita venezuelana e internacional, que imputam ao governo bolivariano a prática de tortura e o assassinato do ex-vereador. “A verdade é que diante das provas incontestáveis dos crimes praticados e consciente de sua condenação, Álban decidiu se suicidar” – ressaltou.
O parlamentar declarou ainda que desde o primeiro momento de seu governo, o ex-presidente e líder da revolução bolivariana, Hugo Chávez (1998-2013), adotou medidas e colocou em prática ações destinadas à promover, fortalecer e consolidar na Venezuela o mais amplo respeito aos direitos humanos. “Direitos que sempre foram ignorados e desrespeitados pelos governos da Quarta República”, ressaltou.
O líder político recordou ainda que, na verdade, atos de tortura e assassinatos eram práticas habituais e corriqueiras nos governos anteriores, como comprova, por exemplo, os fatos apurados relacionados a um episódio que ficou conhecido como o Massacre da Cantaura, ocorrido durante o opressivo Governo de Luis Herrera Campins.
Veja documentário (em espanhol) sobre o massacre:
A Quarta República abrange um período iniciado na instalação da ditadura comandada pelo general Marcos Pérez Jiménez (1952-1958) e finalizado quando foi aprovada a Constituição da República Bolivariana da Venezuela, em 1999.
Durante os governos da Quarta República, foram registrados o desaparecimento e o assassinato de pelo menos 11 mil jovens venezuelanos. Foram também assassinados centenas — quiçá milhares — de camponeses, trabalhadores, homens, mulheres, e até mesmo crianças..
“Era assim que agiam os governantes venezuelanos e é por isso que seus atuais “representantes” acreditam e nos acusam de práticas semelhantes.. A verdade, porém, é que nunca fomos, não somos e nem seremos iguais a eles e aos seus ancestrais”, sentenciou Cabello.
Edição: João Baptista Pimentel Neto