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Organização feminista promove projeto de economia feito por mulheres agricultoras

Iniciativa preza pela organização comunitária, soberania alimentar e reprodução da vida, dando visibilidade ao movimento feminista
Redação Diálogos do Sul
Diálogos do Sul Global
São Paulo (SP)

Tradução:

Pensando não apenas como sociedade, mas como uma sociedade guiada por mulheres, a Sempreviva Organização Feminista (SOF) lançou um vídeo para viabilizar o trabalho de economia feito pelo movimento feminista e agroecológico.

O projeto político, que nasceu no município no Vale do Ribeira, a região mais empobrecida do interior de São Paulo, é tratado pelas mulheres como um exemplo a ser perseguido pela sociedade como um todo, articulando não só as dimensões do trabalho no campo e da agroecologia, mas também da organização comunitária, da soberania alimentar e da reprodução da vida, dando visibilidade ao movimento feminista.

O vídeo de quase 20 minutos, feito em parceria com a Rede Agroecológica de Mulheres Agricultoras da Barra do Turvo (RAMA), traz depoimentos emocionantes de mulheres que tiveram suas vidas transformadas através do projeto, não só pelo aprendizado político, mas também pela mudança no dia-a-dia. 

Como o de Aparecida dos Santos, que percebeu na iniciativa o bem que a comunicação e o contato com outras pessoas podem promover no bem-estar. “Eu não falava, eu não saia de casa, mudou muito na minha vida, para melhor.”

Conheça o projeto:

Iniciativa preza pela organização comunitária, soberania alimentar e reprodução da vida, dando visibilidade ao movimento feminista

Sempreviva Organização Feminista
O vídeo de quase 20 minutos traz depoimentos emocionantes de mulheres que tiveram suas vidas transformadas através do projeto.

Acaba de ser lançado no YouTube o vídeo “Economia Feminista: aprendendo com as agricultoras”. O vídeo é uma produção da SOF Sempreviva Organização Feminista, em parceria com a RAMA Rede Agroecológica de Mulheres Agricultoras da Barra do Turvo.

O vídeo trata da Economia Feminista a partir das contribuições das mulheres do movimento feminista e agroecológico, de bairros e quilombos da Barra do Turvo, município no Vale do Ribeira, interior de São Paulo. A Economia Feminista é apresentada como uma construção diária na vida das mulheres. É também um projeto político a ser perseguido para organizar a sociedade toda, articulando as dimensões do trabalho no campo, da agroecologia, da organização comunitária, da soberania alimentar, da reprodução da vida e do movimento feminista.

As agricultoras, no vídeo, falam sobre as transformações que a organização coletiva ocasionou na vida delas em muitos aspectos, desde mudanças na forma como elas se percebem individualmente até a construção de um sujeito coletivo. “Para mim, ajudou muito porque eu não falava, eu não saia de casa, eu inventava história para eu não ir na reunião, quando começou. Pra mim mudou muito. Muito bom encontrar com as pessoas, conversar, aprendi a falar, né? Pra mim mudou muito na minha vida, para melhor”, diz Aparecida dos Santos, uma das entrevistadas durante o vídeo.

A sustentabilidade da vida é o foco da Economia Feminista, e, para isso, é preciso construir alternativas e transformar a estrutura da sociedade. A soberania alimentar faz parte desse processo, como aponta Nilce Pontes, agricultora, liderança da CONAQ, e também presente no vídeo. “Para mim, é dizer, enquanto quilombola, que a segurança alimentar e a soberania alimentar, vem muito do nosso modo de vida, da forma como nós nos relacionamos com a terra. E como nós projetamos essa segurança do território com a saúde alimentar. Isso para nós é uma relação complexa: de como nós vivenciamos, como que a gente interage, e como produzimos alimentos saudáveis e adequados, que garantem a soberania alimentar. Nós enquanto mulheres quilombolas, enquanto mulheres negras.”

O vídeo está disponível no YouTube da SOF em português, espanhol, inglês e francês. Confira: 


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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