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"Os escravos de Jó", um filme de Rosemberg Cariry

Novo filme do premiado cineasta cearense estréia hoje no Cine Dragão do Mar em Fortaleza
Redação Diálogos do Sul
Diálogos do Sul Global
Fortaleza

Tradução:

Os estudantes Samuel e Yasmina se apaixonam, na cidade de Ouro Preto. No entanto, eles têm que vencer muitas distancias culturais, dificuldades e preconceitos para afirmarem o seu amor.

Personagens do passado e do presente cruzam os caminhos dos dois jovens, arrastando-os para um inesperado destino. Esta é uma pequena sinopse do novo filme do premiado cineasta cearense Rosemberg Cariry que estréia hoje na Sala Dragão do Mar em Fortaleza.

Assista na TV Diálogos do Sul

Sobre o filme 

No filme Escravos de Jó, Samuel é um jovem estudante, filho de pais adotivos (cuja origem ele desconhece), que estuda cinema (faz seu primeiro filme sobre o barroco mineiro) e conhece Yasmina, uma imigrante palestina. Os dois se apaixonam e precisam enfrentar as dificuldades que surgem por conta de suas histórias e perspectivas de vida. Samuel divide-se entre heranças conservadoras e visões libertárias, que lhe são repassadas por dois senhores idosos, com distintas orientações ideológicas. Nesse ambiente, Samuel debate-se no processo de sua construção identitária e termina por protagonizar um drama de grande intensidade simbólica, numa cidade-monumento colonial, onde afloram as pesadas e violentas heranças do passado. 

Os Escravos de Jó faz referência mítica ao Jó bíblico e à luta por ele travada para manter a sua humanidade, entre as duras e violentas provações impostas por Satanás em uma disputa com Deus. O mito bíblico de Jó tem sido, por vezes, considerado uma das mais assombrosas representações do absurdo da miséria e do sofrimento humano, no âmbito da tradição judaico-cristã. O roteiro também faz alusão a Édipo, outro mito fundamental para a compreensão da crise civilizatória contemporânea, sobre o homem que, em vez de resolver o conflito da dualidade posto pela tragédia da história, deixa-se levar por forças destrutivas e obscuras, quase sempre em nome do Pai e da ordem violenta que estabelece a cultura. Daí a epígrafe de Walter Benjamim, usada no início do filme: “Nunca há um documento da cultura que não seja, ao mesmo tempo, um documento da barbárie”.  

A tragédia

“A tragédia do jovem Samuel aproxima-se da tragédia de Édipo e pode ser compreendida como uma alegoria prefigurada da sociedade contemporânea, que, sem decifrar as heranças do passado, transforma a vida e o amor em atordoantes simulacros. Os Escravos de Jó é uma tragédia em um mundo circunstanciado por dominações econômicas e ideológicas, onde afloram os estigmas racistas e os sectarismos e, cada vez mais, os fanatismos de diversas vertentes, em construções fundamentalistas e intransigentes, onde a realização do amor e mesmo a alteridade torna-se quase impossível”, conta o diretor Rosemberg Cariry.

A produção

A produção de Os Escravos de Jó explora a arquitetura barroca e as igrejas de Ouro Preto, tesouros do patrimônio artístico brasileiro e universal, além de revelar o ambiente transbarroco da cidade, que mescla a herança colonial (marcadamente escravista) com a contemporaneidade, tendo, além do grande fluxo turístico, uma efervescente vida estudantil. 

“Fazer render os recursos para um filme de baixo orçamento foi o primeiro desafio. Lutamos para que o filme mostrasse um valor de produção bem maior. Além do empenho do elenco e da equipe técnica, a cidade e as paisagens nos ajudaram como cenários ideais, bem como a boa colaboração das instituições e da população local. Filmar em Ouro Preto é sempre um privilégio. Tínhamos a sensação de estar dentro de uma obra de arte, apesar das heranças coloniais violentas e das desigualdades do presente”, diz a produtora Bárbara Cariry.

Daniela Jesus (Yasmina) em Os Escravos de Jó. (Foto divulgação) 

Elenco e personagens

O ator Antônio Pitanga interpreta o livreiro Jérèmie Valés, um velho que traz memórias da Segunda Guerra Mundial, mas que manteve viva a esperança e a chama da poesia. Antônio Pitanga é “Um ator por quem sempre tive uma grande admiração. Pitanga, para mim, tem uma aura mítica e representa o melhor do nosso cinema e do nosso povo”, afirma Rosemberg Cariry. 

Além de Antônio Pitanga, Rosemberg Cariry trabalha com um elenco formado por novos e antigos colaboradores. Repetem a parceria com o diretor os atores Everaldo Pontes (“Notícias do Fim do Mundo”), que interpreta o velho Elifas Lévi, e Silvia Buarque (“Os Pobres Diabos”), como a professora Catarina. Entre as novidades estão Daniel Passi, no papel de Samuel; a atriz portuguesa Daniela Jesus, como Yasmina; Rocco Pitanga, como o estudante Antonio, amigo de Samuel e amante da arte e da filosofia; a atriz Romi Soares, também portuguesa, no papel de Hélène, uma francesa idosa cujo passado esconde segredos; o ator sírio Hadi Bakkour, no papel de Kamal; e a atriz mineira Bruna Chiaradia, que interpreta Joana, entre outros nomes de Ouro Preto e outras cidades de Minas Gerais.

Cidade de Ouro Preto. Filme Os Escravos de Jó. (Foto Divulgação)  

Ouro preto como cenário

A cidade de Ouro Preto, marcada por figuração barroca, serve como cenário para a história dos dois estudantes, que se encontram em igrejas, casarões e ruas, entre imagens de santos e anjos. Nas aulas, os personagens discutem o conceito de transbarroco como categoria trans-histórica, adquirindo um sentido identitário possível em sociedades originárias de processos de expansão colonial europeia, na modernidade, a partir de códigos artísticos e representações culturais e estéticas formados em conjunção híbrida e confronto cultural gerador de inúmeras ambivalências e contradições. 

Novo filme do premiado cineasta cearense estréia hoje no Cine Dragão do Mar em Fortaleza

Foto divulgação
Daniel Passi (Samuel) e Daniela Jesus (Yasmina) em Os Escravos de Jó

Confira a entrevista com o diretor Rosemberg Cariry

Diálogos do Sul | Como surgiu esse projeto?

Rosemberg Cariry | Esse filme resulta de um projeto de longo percurso. Foi escrito na França em 1998, para ser rodado na cidade de Estrasburgo, na Alsácia, no ano 2000, na virada do século. A história se passava em torno da catedral gótica de Estrasburgo e do Campo de Concentração de Struthof. Samuel era um jovem estudante de cinema brasileiro que conhecida Yasmina, uma jovem palestina, que estudava arquitetura e fazia pesquisa sobre a arquitetura gótica.

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A história envolvia a comunidade judia local e a população árabe, palestina e magrebina, da periferia da cidade. Passei um ano em Estrasburgo, estudando essa ideia, visitando e gravando os lugares de possíveis locações em vídeo. Conheci ali sobreviventes da grande catástrofe que foi a Segunda Guerra Mundial, onde ouvi e li sobre o horror nazista na região. Eu estava estabelecendo as possibilidades de coprodução, quando veio uma crise no Brasil e inviabilizou a realização do projeto. Voltei para o Brasil e envolvi-me com uma outra produção.

Atores Antônio Pitanga (Jérèmie Valés) e Daniel Passi (Samuel) em “Os Escravos de Jó”. (Foto divulgação).

Por que a escolha de Ouro Preto?

Em 2015, o projeto “Os Escravos de Jó” ganhou um edital da Ancine, para filme de baixo orçamento. Pensei rodar o filme na cidade do Porto, em Portugal, onde vivi, entre 2016 e 2019, por conta de estudos acadêmicos. No novo projeto, a trama envolvia as heranças judaicas e árabes na Península ibérica, só que dessa vez eu incluía também a comunidade cigana – ainda hoje vítima de perseguições e preconceitos, em toda a Europa.

Locações feitas, atores escolhidos, veio o aumento de valor do euro e a desvalorização do real, ficando impossível rodar um projeto com tão poucos recursos, em Portugal. Isso trouxe para mim um grande desapontamento. Tive um pouco mais de três meses, por conta do prazo de conclusão do projeto, para adaptar o roteiro e fazer novas locações.

Escolhi Ouro Preto, cidade onde morei, como estudante, no início da década de 1970, que, por sua importância histórica e arquitetônica, traz fortes elementos que contribuem para a narrativa trágica do enredo. Esse filme perseguiu-me como um fantasma. Precisava expô-lo à luz e não me faltou coragem para tanto, mesmo sabendo das muitas dificuldades que eu iria enfrentar. Foi um grande desafio e a produtora Bárbara Cariry fez mais do que o possível para rodarmos o filme com o pequeno orçamento disponível.

Como foi a finalização

Depois de rodarmos o filme, eu voltara a Portugal para rodar um seriado sobre a utopia das festas do Divino Espírito Santo (arquipélago dos Açores e Portugal continental e, depois, no Brasil, nas cinco regiões) e fazia viagens de estudos, por alguns países, juntando material de pesquisa para escrever o projeto do filme “O Espanhol”, que tem como pano de fundo a guerra civil da Espanha.

Ao mesmo tempo, montávamos o filme “Escravos de Jó” à distância. Já tínhamos alguns esboços de montagem bem adiantados. Em verdade, tínhamos três versões diferentes, em algumas sequências precisávamos de tratamento de efeito digital e não contávamos, no momento, com recursos para isso.

Vivíamos esse processo de discussão e de buscas, quando surgiu o convite para abrir o Festival de Tiradentes (2019), por conta da homenagem que se fazia naquele ano ao ator Antonio Pitanga. Dissemos à organização daquele evento que o tempo era curto para concluir o filme, mas consideramos a relevância da homenagem a Pitanga e mesmo a importância dessa estreia.

Escolhemos uma das versões, a que estava mais adiantada, onde constavam inclusive alguns improvisos que fizemos no último dia de filmagem (dia trágico, porque naquele dia fora anunciado a vitória do presidente de extrema-direita).

Depois cortamos esses improvisos ocasionais incluídos na primeira versão, foram para o making of, para um documentário que está sendo montado sobre o percurso do filme – uma reflexão sobre o fazer cinematográfico e seus percalços.

O certo é que conseguimos algum dinheiro próprio, retomamos a montagem e chegamos a essa versão que ora estamos apresentando nas salas de cinema e na TV. Esse trabalho final contou com a decisiva colaboração de Firmino Holanda (na montagem), Érico Paiva (na mixagem) e Magno Guimarães (na finalização).

Foi um processo demorado, por conta dos poucos recursos, da necessidade de intervenções digitais em algumas cenas (que não pudemos usar antes). Bárbara Cariry, a produtora, desdobrou-se para que a obra fosse finalizada como deveria ser.  Sou agradecido a ela e a toda equipe. 

Por que você escolheu um tema diferente na sua filmografia, que parece tão espinhoso?

A questão do bem e do mal, como questão filosófica e teológica sempre me interessou. O livro de Jó, no Velho Testamento, tem um material simbólico e arquetípico que nos possibilita alguns vislumbres, por ali Javé lançar o homem no absurdo da sua própria condição e na sua dolorosa realidade, diante das forças cósmicas e da presença do mal. Para provar a fidelidade de Jó, Javé não apenas o cobre de misérias, mas, através da ação de Satanás, extermina sua família, seus escravos, seus rebanhos.

O paradoxo torna-se ainda mais absurdo quando pensamos nas mulheres, nos filhos sacrificados. E os escravos de Jó, que nem à família de Jó pertenciam, a não ser como homens-objetos privados da liberdade, o que tinham a ver com essa disputa entre Javé e Satanás? Marc Bochet afirma sobre Jó: “A sua narrativa refere-se ao início de um eclipse e Deus, de que não nos recuperamos”.

Eclipse que seria anunciado na frase Gott ist tot, dita por Friedrich Nietzsche (1844-1900): “Os deuses também se decompõem! Deus morreu! Deus continua morto! E fomos nós que o matamos! Como havemos de nos consolar, nós, assassinos entre os assassinos!” A fábula bíblica de Jó tem sido, por vezes, considerada uma das mais assombrosas representações do absurdo da miséria humana, no âmbito da tradição judaico-cristã. 

Por outro lado, a tragédia do jovem Samuel aproxima-se da tragédia de Édipo e pode ser compreendida como uma alegoria prefigurada da sociedade contemporânea que, sem decifrar as heranças do passado, transforma a vida e o amor em atordoantes simulacros.

Temos assim, uma revisita à tragédia grega, atualizando-a na contemporaneidade, em um mundo circunstanciado por dominações econômicas e ideológicas, onde afloram os estigmas racistas e os sectarismos e, cada vez mais, os fanatismos de diversas vertentes, em construções identitárias fundamentalistas e intransigentes, onde a realização do amor e mesmo a alteridade torna-se quase impossível.

Ao revisitar a tragédia grega, revisita-se também o conceito psicanalítico do Complexo de Édipo, mais na visão lacaniana do que freudiana. O pai não é apenas o pai biológico, mas é o Nome do Pai, aquele que representa o poder da força e da castração, que freia os desejos e estabelece a civilização, como construção de ruínas, como bem compreendia Walter Benjamin.

A herança do passado é quase sempre uma maldição, de tal modo que a presença dos mortos determina a história ou o destino dos vivos. Na civilização ocidental, o nazifascismo, com seus horrores, não é uma exceção, mas pode ser compreendido como uma manifestação da modernidade (Bauman).

No caso do Brasil, atrasado e periférico, a herança da escravidão é um fantasma que pulsa como uma ferida sempre aberta e sangrando. No meio disso, dois jovens, marcados pela história e pela vida, tentam se encontrar. Dificilmente conseguirão. Achei adequado esse tema para tratar da tragédia contemporânea, do desencontro e da dificuldade de entendimento entre sujeitos que se diferenciam de forma crescente. O filme encara algumas feridas da nossa história. 

No filme você aborda a questão do barroco…

Trato do barroco como pano de fundo da história. No entanto, entendo que o barroco, visto na sua expressão contemporânea, conceituado como neobarroco ou transbarroco, tem uma importância grande nas lutas de afirmação da América Latina. Venho explorando esse conceito de transbarroco em vários dos meus filmes e mesmo em alguns trabalhos acadêmicos.

Eu compreendo o transbarroco como um espírito de busca e de inquietação, sempre aberto para novas percepções e experimentações, guardando as características fundadoras: o conflito, o dilema, a contradição e a dúvida. A promessa do eterno que não esconde a efemeridade de todas as coisas, entre fracassos e renascimentos.

A forma como a busca incessante de um sentido de um mundo em tudo absurdo, percebido através de incontáveis movimentos e dobras. Deleuze vai ver o barroco como um traço operatório, dobras e desdobras ad infinitum. Vejo o Brasil como sendo um país transbarroco, em sua renda de tessitura mais delicada e no aço retorcido do chicote escravocrata – sangue e dor da violência mais extremada. Nesse sentido, nele caberiam todas as dores e desencontros do mundo. 

O que você espera com esse lançamento? 

Tenho um bom senso de realidade, apesar de também trabalhar com o imaginário. Nesse momento, por parte das políticas de incentivo, não há recursos para financiar o lançamento do filme do cinema nacional em salas.

Estamos fazendo um lançamento bem modesto, por conta da questão financeira e das poucas salas disponíveis para um cinema independente, nesse momento conturbado, onde a cultura é tão penalizada. As bilheterias para o cinema nacional refletem a grande crise econômica e política que se abateu sobre a nação brasileira.

Fazemos um cinema de resistência e o binômino “existir/resistir” já é um sinal de luta pela arte e pela dignidade. Somos sobreviventes, lutamos por melhores dias e não deixamos de esperançar uma mudança significativa de toda essa situação.

Estamos atentos. Além das dificuldades de lançamento, sabemos que esse é um tempo em que uma obra, mesmo que tenha levado 20 anos para ser realizada, pode ser destruída (lacrada), nas redes sociais, em 20 minutos. É uma luta de trincheiras, palmo a palmo. 

Ficha técnica do filme

Título: Os Escravos de Jó (2020)

Direção e roteiro: Rosemberg Cariry

Formato: Longa-metragem – Ficção – Colorido – Digital

Duração: 95 minutos

País: Brasil

Som: Dolby Digital

Atores e técnicos 

Elenco principal: Daniel Passi e Daniela Jesus, 

Elenco: Antônio Pitanga, Romi Soares, Silvia Buarque, Everaldo Pontes, 

Bruna Chiaradia, Hadi Bakkour e Rocco Pitanga.

Produção executiva: Bárbara Cariry

Trilha sonora: Alfredo Barros

Direção de fotografia: Petrus Cariry

Direção de arte: Sérgio Silveira

Montagem: Rosemberg Cariry, Firmino Holanda e Petrus Cariry 

Figurino: Carol Breviglieri 

Som direto: Toninho Muricy

Mixagem e edição de som: Erico Paiva (Sapão)

Direção de produção: Teta Maia

Maquiadora: Cláudia Riston

Finalização: Magno Guimarães

Produtora: Cariri Filmes

Sobre os técnicos

O diretor Rosemberg Cariry afirma: “Realizei o filme Os Escravos de Jó com técnicos e artistas com quem tenho, em sua maioria, trabalhado nesses últimos anos. A fotografia é do Petrus Cariry e ele surpreendeu-me por traduzir a atmosfera barroca e enevoada da cidade de Ouro Preto, no período em que filmamos, em um uma releitura bela e poética. A produção ficou a cargo de Bárbara Cariry, que otimizou os poucos recursos e fez um filme de baixo orçamento parecer uma produção bem maior, além do fino trato com a equipe e com as pessoas. É uma alegria trabalhar novamente com ela, que nos passa segurança. A montagem contou com preciosa participação de Firmino Holanda, colaborador de muitos dos meus filmes. A direção de arte é do Sérgio Silveira, um artista com quem trabalho há décadas e que sabe muito bem adaptar-se ao tamanho do projeto, sempre agindo de forma bastante criativa. O som direto é do Toninho Murici, técnico com larga e reconhecida trajetória no cinema brasileiro. O figurino é de Carol Breviglieri, trabalhei com ela pela primeira vez e foi uma experiência legal. A mixagem ficou a cargo de Érico Paiva (Sapão), um técnico que tem se destacado e ganhado prêmios pelo seu primoroso trabalho de edição de som e de mixagem. Esse é o quinto filme que mixo com ele, em seu estúdio, no Ceará. O Magno Magalhães foi responsável pela finalização e pelos efeitos digitais. A trilha sonora original é do maestro Alfredo Barros, formado em Composição pela The University of Texas at Austin (2007).  Ele já regeu várias orquestras brasileiras e, atualmente, está à frente do Bacharelado em Composição do Curso de Música da UECE e dirige a Orquestra Contemporânea do Ceará-UECE. Compositor erudito e contemporâneo com vários prêmios conquistados. Esse é o seu primeiro longa”. 

Sobre o diretor Rosemberg Cariry

Rosemberg Cariry é produtor, diretor de cinema e escritor, com vários livros publicados. Formado em Filosofia e PHD em Educação Artística pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto -PT. Dirigiu 12 filmes de longa-metragem, tendo ainda dirigido seriados e programas para televisão. Participou de importantes festivais nacionais e internacionais de cinema. Alguns de seus filmes conquistaram destacada premiação. 

Longas-metragens que dirigiu 

• Os Escravos de Jó – longa-metragem, ficção (2020) • Notícias do Fim do Mundo – longa-metragem, ficção (2019) • Os Pobres Diabos – longa-metragem, ficção (2013)  • Cego Aderaldo – O Cantador e o Mito – longa-metragem, documentário (2011) • Siri-Ará – longa-metragem – ficção (2008) • Patativa do Assaré: Ave Poesia – longa-metragem, documentário (2007) • Cine Tapuia – longa-metragem, ficção (2006) • Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio – longa-metragem, ficção (2002) • Juazeiro – A Nova Jerusalém – longa-metragem, documentário (2002) • Corisco e Dadá – longa-metragem, ficção (1996) • A Saga do Guerreiro Alumioso – longa-metragem, ficção (1993) • O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto – longa-metragem, documentário (1985) 

Seriados para TV que dirigiu

• O Nordeste de Ariano Suassuna – Seriado documental com nove episódios de 52 minutos cada. Dirigido por Rosemberg Cariry e produzido pela Cariri Filmes, com produção do SESC Nacional (2019) • A Terceira Era do Espírito Santo: a fé, a festa e a utopia. Seriado de 13 episódios, de 26 minutos cada, produzido pela Cariri Filmes e CineBrasilTV (2022), rodado em Portugal continental, arquipélago dos Açores e no Brasil, nas cinco regiões • O Poeta que veio do Povo – Seriado documental em cinco episódios, com 26 minutos de duração cada, produzido pela Cariri Filmes e CineBrasilTV (2022) • Juazeiro – Chão Sagrado – Seriado documental em cinco episódios, com 52 minutos de duração cada, produzido pela Cariri Filmes e CineBrasilTV (2022)

Coprodução internacional

• A Saga do Guerreiro Alumioso – longa-metragem, ficção (1993) – Coprodução Brasil-Portugal • L’or de Poranga, média-metragem (direção de Michel Régnier, 1991 – Produção Canadá • Sous les grands arbres – Le Soleil Huni Kuin, média-metragem (direção de Michel Régnier, 1991) – Produção Canadá • Le Monde de Fredy Kunz, média-metragem (Direção de Michel Régnier, 1991 – Produção Canadá • Rosemberg Cariry foi coprodutor da parte brasileira do filme canadense: Les Castors Québécois – direção de Diane Beaudry, (1992)

Redação Diálogos do Sul


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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