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Imanol Pradales, candidato do PNV (Foto: PNV)

País Basco caminha para eleições parlamentares e partido líder há 40 anos pode perder posto

Partido Nacionalista Basco (PNV) representa a ala mais conservadora do separatismo e talvez dependa de alianças para garantir hegemonia
Armando G. Tejeda
La Jornada
Madri

Tradução:

Beatriz Cannabrava

As últimas pesquisas confirmam que a coalizão de esquerda separatista basca, EH-Bildu, é a opção preferida para a maioria da cidadania basca, estando assim em possibilidade de se tornar o partido de maior representação parlamentar nas eleições autônomas do próximo domingo (21) no País Basco.

Após quatro décadas de hegemonia do Partido Nacionalista Basco (PNV), que representa a ala mais conservadora do separatismo, poderia perder essa condição e teria que tecer novas alianças para poder continuar no poder.

Leia também | Espanha: coalizão separatista basca EH-Bildu enfrenta ofensiva da extrema-direita

As duas principais empresas de pesquisa da Espanha, 40DB e Sigma Dos, coincidem em linhas gerais em suas conclusões sobre as eleições de domingo em Euskadi: EH-Bildu será o mais votado e com mais cadeiras, ao superar 34,5% de intenções de voto e situar-se entre 30 e 32 deputados. O PNV obteria cerca de 33,8% e estaria entre as 27 e 29 cadeiras. Isso significa que sete em cada dez eleitores optarão por um partido que advoga pela independência e, pelo menos, pelo fortalecimento da autonomia e a separação gradual do Estado espanhol.

Insultos a Pedro Sánchez

Em um evento em um hospital público em Astúrias, o presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, foi interpelado com insultos xenófobos. Quando estava prestes a falar para explicar os detalhes de um programa pioneiro na detecção precoce de doenças em neonatos, uma pessoa gritou para ele de dentro do centro médico: “por sete votos, tens o traseiro rompido. Demita-se”, em alusão aos seus acordos de investidura com os sete deputados dos nacionalistas catalães de Juntos pela Catalunha.

Um episódio parecido ocorreu com a primeira vice-presidente do governo, María Jesús Montero, acusada de “traidora” durante uma festa na popular feira de abril de Sevilha, sua cidade natal.

La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Armando G. Tejeda Mestre em Jornalismo pela Jornalismo na Universidade Autónoma de Madrid, foi colaborador do jornal El País, na seção Economia e Sociedade. Atualmente é correspondente do La Jornada na Espanha e membro do conselho editorial da revista Babab.

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