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Parceria entre Cuba e Venezuela fez 6 milhões de pessoas recuperarem a visão

Nicolás Maduro, destacou que mais de 6 milhões de pessoas recuperaram a visão graças à Missão Milagre, criada em 2004 por Hugo Chávez e Fidel Castro
Aitor Molina
AbrilAbril
Anapu

Tradução:

Durante uma reunião, em Caracas, para avaliar a qualidade da prestação de serviços de saúde, Nicolás Maduro sublinhou que foi realizado “um investimento importante em divisas” no projeto criado há 15 anos pelo comandante Hugo Chávez e pelo líder da Revolução Cubana, tendo como objectivo «levar a mais alta tecnologia da área da oftalmologia aos pobres» e devolver a visão a pessoas em vários países, sobretudo na América Latina, nas Caraíbas e em África.

Ressaltando a importância de dar visibilidade às ações que a Revolução Bolivariana levou a cabo nos seus 20 anos de existência e que foram «escondidas» pela campanha mediática da direita contra a Venezuela, o chefe de Estado afirmou que, neste momento, “estão em disputa dois modelos na América Latina: o racista de Donald Trump e o solidário da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América [ALBA], representado entre outros pela Misión Milagro”, informam a AVN e a Prensa Latina.

A propósito de modelos diferentes, referiu ainda que os hospitais e centros de saúde nos estados venezuelanos de Zulia, Táchira, Mérida, Apure e Amazonas estão cheios de colombianos, que são atendidos de acordo com o sistema da República Bolivariana da Venezuela, de forma gratuita e com qualidade.

Nicolás Maduro, destacou que mais de 6 milhões de pessoas recuperaram a visão graças à Missão Milagre, criada em 2004 por Hugo Chávez e Fidel Castro

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A operação Milagre foi criada em 2004, para pôr a mais alta tecnologia da área da oftalmologia ao serviço dos mais desfavorecidos

Mais de seis milhões de beneficiados

Do número total de pessoas beneficiadas pela Missão Milagre, mais de três milhões são da Venezuela; 691 mil são bolivianos; 171 mil, nicaraguenses; 153 mil, equatorianos; e 136 mil, guatemaltecos, precisou Maduro.

Foram ainda consultadas e operadas pessoas do Uruguai (67 730), das Honduras (62 mil), do Brasil (mais de 61 mil), da Argentina (mais de 52 mil), do Panamá (mais de 50 mil), do Peru (40 mil), de El Salvador (37 998), do Paraguai (28 mil), da Guiana (15 mil), do México (11 953) e da Colômbia (9277).

O presidente venezuelano disse que, no âmbito da Misión Milagro, foram também operadas 6295 pessoas do Suriname, 3077 do Belize, 3000 da Costa Rica, mais de 2600 do Chile, oito de Porto Rico, bem como de países como Dominica, Antígua e Barbuda, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Neves, República Dominicana, Cuba, Santa Lúcia, Trindade e Tobago, entre outros.

Defender os mais pobres, aprofundar a unidade da América Latina

A Misión Milagro nasceu a 8 de julho de 2004, por iniciativa dos governos de Cuba e da Venezuela, tendo como propósito ajudar pessoas com baixos rendimentos a resolver diversas patologias oculares. Faz parte do plano de integração da América Latina e dos programas que visam alcançar a unidade entre os povos da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA).

O grande investimento de Cuba na área da Saúde e o alto nível de desenvolvimento que patenteia neste sector permitiram que, em conjunto com a Venezuela, milhares de latino-americanos e caribenhos tenham sido operados. O programa também tem sido aplicado a países fora deste âmbito geográfico, nomeadamente em África e na Ásia.

O embaixador de Cuba na Venezuela, Rogelio Polanco, destacou o trabalho realizado no contexto da Missão Milagre, tendo afirmado que “Venezuela e Cuba devem estar satisfeitas pelo que fizeram juntas”, colocando os seus recursos “à disposição do ser humano”, indica a AVN.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.
Aitor Molina

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