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ToggleO Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, composto por congressistas brasileiros de diversos partidos veio à público nesta segunda-feira (23) para prestar solidariedade ao povo cubano diante da pandemia de coronavírus.
Em nota, os congressistas denunciam que “primeiro crime de responsabilidade de Bolsonaro foi destruir o Mais Médicos”, programa criado pela ex-presidenta Dilma Rousseff em 2013. Durante sua vigência, foram “4.053 municípios e 63 milhões de brasileiros atendidos, incluindo famílias quilombolas e indígenas”, diz o documento..
O governo cubano, por sua vez, cedeu diversos médicos e enfermeiros do país para ajudar os países mais infectados na batalha pela cura do Covid-19.
“Em Cuba não se mercantiliza a vida. A saúde é uma prioridade nacional e considerada um direito humano”, diz o documento ao ressaltar a fala do Diretor-Geral da Organização Mundial de Saúde-OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sobre o país ter “um dos melhores sistemas de saúde do mundo”.
“Esse é o exemplo de humanismo e solidariedade que a pequena ilha de Cuba, bloqueada há 60 anos pela maior potência bélica do planeta, os Estados Unidos, dá ao Mundo”, finaliza o grupo em agradecimento.
Fotos Públicas
congressistas denunciam que “primeiro crime de responsabilidade de Bolsonaro foi destruir o Mais Médicos”
Leia o documento na íntegra:
Grupo Parlamentar Brasil Cuba no Congresso Nacional
Brasília, 23 de março de 2020
Moção de Apoio e Solidariedade a Cuba
Neste momento de comoção mundial derivada da pandemia de coronavírus, vimos nos unir à opinião pública mundial e manifestar nosso apoio e solidariedade ao povo cubano, seus dirigentes e, principalmente, aos seus profissionais médicos e enfermeiros em mais essa batalha que põe em risco a saúde e a vida da humanidade.
Em Cuba não se mercantiliza a vida. A saúde é uma prioridade nacional e considerada um direito humano. A expectativa de vida, 78 anos, é igual ou superior a de países do Primeiro Mundo. O índice de mortalidade infantil, por sua vez, é inferior a cinco óbitos para cada mil nascidos vivos.
A respeito do sistema de saúde de Cuba, o Diretor-Geral da Organização Mundial de Saúde-OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sintetizou: “Um dos melhores sistemas de saúde do mundo”. Uma realidade que povo brasileiro reconhece por experiência própria, vivenciada nos mais longínquos rincões assistidos pelo exitoso programa Mais Médicos, composto majoritariamente por profissionais cubanos. Foram 4.053 municípios e 63 milhões de brasileiros atendidos, incluindo famílias quilombolas e indígenas.
Para infelicidade geral do povo brasileiro, o Mais Médicos, um programa construído comumente por dois países livres e soberanos, foi, unilateral e violentamente, destruído de forma irresponsável pelo presidente Bolsonaro. Com o sistema brasileiro de saúde em colapso, foi necessária uma pandemia para despertar os meios de comunicação locais:
O desmonte do Mais Médico foi responsabilidade construída por um irresponsável.
O primeiro crime de responsabilidade de Bolsonaro foi destruir o Mais Médicos.
Enquanto isso, após ter sido barrado em portos do Caribe com cinco casos de Covid-19 confirmados a bordo, o Cruzeiro britânico MS Braemar recebeu permissão do governo cubano para atracar na Ilha. Emocionada, passageira do navio agradece:
Obrigada, Cuba, por abrir seu coração a nós.
Na Itália, um país europeu dos mais ricos do mundo, a população recebe, com calorosa salva de palmas, os profissionais de saúde cubanos que chegam para irmanadamente combater o inimigo comum.
Esse é o exemplo de humanismo e solidariedade que a pequena ilha de Cuba, bloqueada há 60 anos pela maior potência bélica do planeta, os Estados Unidos, dá ao Mundo. E nós, brasileiros, orgulhosamente nos sentimos no dever de prestar apoio e solidariedade ao valoroso povo cubano e aos seus profissionais de saúde.
Deputada Lídice da Mata (PSB-BA)
Presidente
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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