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"Pibinho" de Guedes e Bolsonaro reflete cenário de incerteza e estagnação do Brasil

Crescimento de 1,1% ficou abaixo do ano anterior e reflete cenário de incerteza e estagnação. Exportações caíram, importações cresceram
Redação Brasil Atual
Rede Brasil Atual
São Paulo (SP)

Tradução:

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% em 2019, abaixo dos dois anos anteriores (1,3%), informou o IBGE na manhã desta quarta-feira (4). A agropecuária e o setor de serviços tiveram alta de 1,3%, enquanto a indústria avançou apenas 0,5%.

Com PIB de R$ 7,257 trilhões, o valor per capita subiu só 0,3% em termos reais, calculado em R$ 34.533. Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do instituto, Rebeca Palis, o PIB está no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2013.

O resultado já era esperado, depois de um último trimestre decepcionante, e reflete um cenário de incerteza e de sucessivos anúncios frustrados de “retomada” da economia.

A produção industrial seguiu patinando, por exemplo, e o mercado de trabalho não viu crescer a taxa de desemprego nos últimos meses, mas o emprego que se cria é, basicamente, informal. Os resultados mostram esse quadro de estagnação: a variação acumulada em quatro trimestres, em comparação com os quatro anteriores, mantêm sucessiva variação em torno de 1%.

O comércio teve crescimento em 2019, mas em ritmo menor. E no setor externo os resultados também não foram bons. E as previsões para este ano não são animadoras: analistas já começam a revisar suas projeções para baixo, e vários acreditam que o PIB de 2020 não chegará a 2%.

Ainda em relação ao comércio exterior, na divulgação de hoje o IBGE informou que as exportações caíram 2,5% no ano passado. Já as importações cresceram 1,1%.

Crescimento de 1,1% ficou abaixo do ano anterior e reflete cenário de incerteza e estagnação. Exportações caíram, importações cresceram

Arquivo EBC
O PIB está no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2013

Consumo

O consumo das famílias subiu 1,8%, enquanto o do governo caiu 0,4%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), um indicador de investimento, teve resultado positivo (2,2%), o segundo seguido. A taxa de investimento avançou ligeiramente (de 15,2% para 15,4% do PIB) e a taxa de poupança recuou (de 12,4% para 12,2%). A taxa de investimento já chegou a alcançar 20,9% em 2013.

Na indústria, o IBGE destaca o desempenho do setor de eletricidade, gás, água e esgoto, com alta de 1,9%. Do lado negativo, o setor extrativo caiu 1,1%. A construção teve o primeiro crescimento (1,6%) após cinco anos, enquanto a indústria de transformação ficou estável (0,1%). Derivados de petróleo e alimentos têm desempenho melhor, enquanto metalurgia, celulose e papel, e a área farmacêutica mostram desempenho negativo.

Entre os serviços, tiveram variação positiva áreas como informação e comunicação (4,1%), atividades imobiliárias (2,3%), comércio (1,8%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,0%) e transporte, armazenagem e correio (0,2%). Na agricultura, houve crescimento de itens como milho (23,6%), algodão (39,8%) e laranja (5,6%).

Apenas no quarto trimestre, o PIB cresceu 0,5% em comparação com o imediatamente anterior. A indústria variou 0,2% e os serviços cresceram 0,6%, enquanto a agropecuária recuou 0,4%. Em relação a igual período de 2018, a alta foi de 1,7%.

Redação Rede Brasil Atual


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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