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Política agressiva do imperialismo estadunidense põe em perigo a paz do mundo

No empenho por apoderar-se do Petróleo e do Gás em diversos confins da terra, o governo dos Estados Unidos executa uma constante política de agressão e de guerra
Gustavo Espinoza M.
Diálogos do Sul Global
Lima

Tradução:

O 1º de Maio é um data internacional e, portanto, alude aos deveres internacionalistas que temos os trabalhadores de todos os países, unidos pela mesma causa da Unidade Proletária.

Embora a primeira responsabilidade que temos seja com o nosso próprio povo, ela não nos exime, mas sim obriga a miara o cenário no qual agimos e vivemos. 

Foi José Carlos Mariátegui o primeiro que nos disse que a realidade peruana estava mais conectada à realidade mundial, do que se supunha em seu tempo. E isso, hoje tem ainda mais vigência que antes. 

No empenho por apoderar-se do Petróleo e do Gás em diversos confins da terra, o governo dos Estados Unidos executa uma constante política de agressão e de guerra

The White House
O Inimigo é o imperialismo.

O Inimigo é o imperialismo

Cada vez é mais claro no regime de dominação capitalista que o inimigo fundamental dos trabalhadores e dos povos é o Imperialismo.

Quando na última década do século passado caiu a União Soviética e se desmoronou o sistema socialista na Europa do Leste, os áulicos do Império proclamaram a viva voz sua falsa vitória. Disseram, inclusive, que havia concluído a história e que a partir de então, os Estados Unidos ficariam consagrados como a primeira e única potência mundial, capaz de reger a sorte dos povos em todos os confins do planeta. Se enganaram por completo. 

Apenas dez anos depois, com a chegada do novo século, os povos retomaram seu caminho de vitória. Não só foi possível conservar regimes progressistas em vários continentes, mas também recuperar espaços perdidos inclusive na América Latina. 

Nesta parte do mundo, Cuba afirmou seu caminho, mas a Venezuela e a Nicarágua se somaram a ela empreendendo um caminho libertador. Ao seu lado surgiram governos progressistas que deixaram marcas na consciência de milhões de homens e mulheres. Isso permitiu que em nossos dias, superando momentos de derrota, se levantem outra vez governos avançados na Argentina e no México e se afirmem sólidos processos sociais em outros países. 

Afirmando o processo emancipador 

Assim no nosso continente afirmou-se o Processo Emancipador Latino-americano. Cuba Socialista, Venezuela Bolivariana e Nicarágua Sandinista marcam a rota dos povos; mas eles transitam, a partir de suas próprias experiências, sob a influência de modelos específicos e diversos com uma base comum: a luta nacional libertadora. 

Neste 1º de maio é dever de todos estudar e conhecer a realidade destes e de outros países, nos quais ganham pontos os trabalhadores consolidando rotas nacional-libertadoras. E isso obriga, certamente, a fechar a passagem à política imperialista que mantém um criminoso bloqueio contra Cuba, que prepara agressões armadas contra a Venezuela e ataca sistematicamente a Nicarágua Sandinista, ao mesmo tempo em que promove uma intensa campanha contra as forças progressistas de todos os países. 

Não é um segredo que a administração ianque organiza há vários anos, uma intervenção militar contra a Venezuela. Não a executou porque sabe que não sairá indene dessa aventura, e porque é consciente que ela pode reverter prejudicando ainda mais seus próprios interesses. 

Mas ninguém pode ser enganado. É preciso estar atentos e mobilizados, organizando sempre campanhas solidárias com estes povos irmãos. 

O império põe em perigo a paz

A política agressiva do imperialismo põe em perigo a paz do mundo. No empenho por apoderar-se do Petróleo e do Gás em diversos confins da terra, o governo dos Estados Unidos executa uma constante política de agressão e de guerra. Assim, ocupou o Afeganistão; invadiu o Iraque derrubando seu governo e assassinando seu líder Saddam Hussein; atacou a Líbia, matando Kadafi; incursionou na Síria, com similares propósitos; e se valeu de seus “governos amigos” – Arábia Saudita e Israel – para agredir sistematicamente o povo Palestino e o Iêmen.

Mas essa política tem fracassado. O governo norte-americano não pôde impor as regras do jogo aos países do Oriente Médio. E tampouco pôde dobrar o regime progressista da Síria, mesmo movendo contra ele bandos terroristas, armados e alimentados por Washington. Hoje se pode assegurar que a estratégia de dominação da Casa Branca fracassou nessa região.

O surgimento de outras grandes potências tem bloqueado a capacidade operativa de Washington e do Pentágono. Por isso, os Estados Unidos voltam os olhos para o nosso continente e buscam trazer à América Latina seu esquema de dominação e de guerra. Isso explica a ofensiva contra nossos povos. 

A solidariedade é nosso primeiro dever  

Neste contexto, a solidariedade com todos os povos do mundo é nosso primeiro dever. Isso nos obrigada a mirar com simpatia a evolução do processo social na Rússia, que recupera sua posição no cenário mundial; o avanço do governo da República Popular da China, convertida hoje em um imensa potência; e a posição anti-imperialista do Irã, que detém a agressividade ianque no Golfo Pérsico

O Internacionalismo não é só uma palavra. É um comportamento de classe que nos ajuda a mirar com otimismo o caminho do povos. 

*Colaborador de Diálogos do Sul desde Lima, Peru.

Publicado pelo Centro de Estudos “Democracia, Independência e Soberania” (CEDIS)

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Gustavo Espinoza M. Jornalista e colaborador da Diálogos de Sul em Lima, Peru, é diretor da edição peruana da Resumen Latinoamericano e professor universitário de língua e literatura. Em sua trajetória de lutas, foi líder da Federação de Estudantes do Peru e da Confederação Geral do Trabalho do Peru. Escreveu “Mariátegui y nuestro tiempo” e “Memorias de un comunista peruano”, entre outras obras. Acompanhou e militou contra o golpe de Estado no Chile e a ditadura de Pinochet.

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