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Portugal | Partido Socialista garante maioria absoluta na Assembleia da República

O PSP elegeu 117 deputados e agora tem o número de parlamentares necessário para aprovar o Orçamento do Estado de 2022 sem precisar de parceiros
João Baptista Pimentel Neto
Diálogos do Sul Global
Rio Claro (SP)

Tradução:

O Partido Socialista Português (PSP) confirmou ter alcançado maioria absoluta nas eleições para a Assembleia da República realizadas no´ último domingo. Comandado por António Costa, o PSP elegeu 117 deputados e agora tem o número de parlamentares necessário para aprovar o Orçamento do Estado de 2022 sem precisar de parceiros.

Segundo a agencia Euronews, ainda falta recontar os votos em Bragança, o que pode custar um deputado aos socialistas, e o escrutínio dos círculos emigrantes da Europa e de fora da Europa.

“Uma maioria absoluta não é poder absoluto, não é governar sozinho. É governar com e para todos os portugueses. Esta maioria será uma maioria de diálogo com todas as forças políticas que representam os portugueses na sua pluralidade”, afirmou o líder socialista, no discurso de vitória.

Costa afirmou que “os portugueses mostraram um cartão vermelho à ingovernabilidade” – analisou – e sublinhou que “a missão é virar a página da pandemia e recuperar todos os setores afetados”.

Partido Socialista vence e alcança maioria parlamentar nas eleições em Portugal

Nas hostes do Partido Social Democrata, o desanimo é total, enquanto os salazaristas e a extrema-direita reunidos no Chega celebra a eleição de 12 deputados. Uma ascensão meteórica, que elevou a legenda à condição de terceira força política na Assembleia da República. Finalmente, CDS-PP perde a representação e pode extinguir-se.

Com 99% dos votos apurados:

– o PS somava 42% do escrutínio e 117 deputados garantidos;
– o PSD somava 28% e 71 deputados;
– o Chega 7% e 12 deputados;
– o Iniciativa Liberal tinha 5% e 8 deputados;
– o Bloco de Esquerda tinha 4,4% e 5 deputados;
– a CDU (PCP-PEV) tinha 4,3% e 6 deputados;
– o PAN tinha 1,53% e 1 deputado;
– o Livre tinha 1,2% e 1 deputado;
– o PPD-PSD/CDS-PP (Madeira) tinha 1,03% e 3 deputados;
– o PPD-PSD/CDS-PP/PPM (Açores) tinha 0,57% e 2 deputados.

Ministério da Administração Interna
Resultados oficiais das Legislativas 2022, Ministério da Administração Interna.

De resto, Bloco de Esquerda cai de 19 para 5 deputados, Iniciativa Liberal chega aos oito deputados, o Livre manteve o deputado único e o PAN cai de quatro para um.

O PSP elegeu 117 deputados e agora tem o número de parlamentares necessário para aprovar o Orçamento do Estado de 2022 sem precisar de parceiros

Partido Social Democrata/Flickr
O PSP elegeu 117 deputados e agora o número de parlamentares necessários para aprovar o Orçamento do Estado de 2022 sem precisar de parceiro

Saiba mais

As eleições legislativas portuguesas de 2022 (também designadas Eleições para a Assembleia da República) realizaram-se em 30 de janeiro de 2022 e constituirão a XV Legislatura da Assembleia da República. O Partido Socialista, liderado pelo primeiro-ministro António Costa, venceu a eleição, atingindo a maioria absoluta.[2] Foi apenas a segunda vez que o PS alcançou tal feito desde a redemocratização.[3]

Em 27 de outubro de 2021, a proposta do XXII Governo Constitucional de Orçamento de Estado para 2022 foi chumbada na Assembleia da República. A proposta teve o voto a favor do Partido Socialista (PS), a abstenção do Pessoas–Animais–Natureza (PAN) e das duas deputadas não inscritas, e o voto contra de todos os restantes partidos com representação parlamentar à esquerda, do Partido Comunista Português (PCP), Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), Bloco de Esquerda (BE), e à direita, do Partido Social Democrata (PSD), CDS – Partido Popular (CDS–PP), Iniciativa Liberal (IL), e CHEGA (CH).[4]

Na sequência ao chumbo do orçamento, o primeiro na história da Terceira República,[4] o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa anunciou publicamente, no dia 4 de novembro, a marcação de eleições para o dia 30 de janeiro de 2022.[5] A 5 de dezembro de 2021, decretou oficialmente a decisão.[6][7] De acordo com a Constituição da República Portuguesa, é necessária a realização de eleições nos sessenta dias seguintes à dissolução do Parlamento.[8]

João Baptista Pimentel Neto é jornalista, da equipe da Diálogos do Sul
Com informações de EuroNews e Wikipédia.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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João Baptista Pimentel Neto Jornalista e editor da Diálogos Do Sul.

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