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Fernanda Pompeu*
Clara Charf, Herilda Balduino de Sousa, Lenira Maria de Carvalho, Mireya Suárez, Moema Viezzer e Neuma Aguiar foram agraciadas com o Prêmio Rose Marie Muraro: Mulheres Feministas Históricas, destinado para ativistas com mais de 75 anos. A iniciativa vem da parceria entre a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Cada uma receberá 50 mil reais pelos serviços prestados em prol da cidadania feminina, da ampliação dos direitos humanos da mulheres e de suas ações para mudanças de comportamentos na sociedade brasileira.
Clara Charf milita pelas causas sociais e feministas desde seus dezoito anos. Herilda Balduino de Sousa fez da advocacia sua tribuna em defesa dos trabalhadores da terra e das mulheres. Lenira Maria de Carvalho foi pioneira na organização das empregadas domésticas. Mireya Suárez, professora aposentada da Universidade de Brasília, levou as questões de gênero para a Academia. Moema Viezzer foi uma das precursoras da conexão entre mulheres e meio ambiente. Neuma Aguiar, professora e socióloga, sempre pôs ênfase nas relações sociedade e gênero.
O nome do prêmio é uma homenagem a Rose Maria Muraro (1930-2014), uma feminista revolucionária, autora de várias obras e um dos ícones intelectuais do movimento de mulheres. No último ano de vida, Rose praticamente cega e muito doente precisou pedir ajuda em dinheiro para seguir produzindo. Para muitas e muitos, foi uma indignação que uma personalidade da estatura dela necessitasse “passar o chapéu” para ter um final digno.
* Fernanda Pompeu é do núcleo de colaboradores da Diálogos do Sul