O México colocou em órbita um satélite muito especial, o Aztech Sat-1, construído por alunos e docentes da Universidade Popular Autônoma do Estado de Puebla (Upaep) e a Nasa.
É o primeiro satélite mexicano colocado em órbita em 23 anos quando foi lançado pela Rússia o Unamsat, pelo qual o reitor da instituição, Emilio Baños Ardavin, afirmou que “estamos diante do início de uma nova etapa na história aeroespacial no México”.
Trata-se de um artefato muito especial, como explicou Héctor Simón Vargas Martínez, diretor científico do projeto, porque o Aztech Sat-1 fará o que nenhum outro satélite no mundo tem podido; conseguir uma comunicação entre satélites.
“Este projeto é um desafio tecnológico. É a intercomunicação de pequenos satélites com uma constelação de satélites. Na atualidade isso não é possível. Já fizemos as provas aqui. Vamos provar que isto será possível no espaço”.
Prensa Latina
Ilustração / Divulgação
Divisor de águas
Por sua parte Emílio Baños afirmou que se trata de um divisor de águas na história aeroespacial mexicana, devido a que os cientistas da Upaep, das faculdades de Eletrônica e Mecatrônica, conseguirão o que nenhum país no mundo já pode.
Adiantou que a instituição planeja outros quatro ou cinco satélites que serão usados para o monitoramento da fauna marinha a partir do espaço, assim como do vulcão Popocatépetl.
O governador, Luis Miguel Barbosa Huerta, felicitou os docentes e alunos que viajaram à Flórida, Estados Unidos, para presenciar o lançamento do foguete que levou o satélite ao espaço.
Segundo os repórteres, o Aztech Sat-1 chegou ao espaço em sete minutos, depois de o lançamento ser adiado uma vez pela presença de fortes ventos.
O lançamento foi realizado na base da Nasa em Houston, Texas, e o foguete que levou a cápsula “Dragón” dentro da qual ia o satélite, regressou minutos depois à terra para ser reutilizado em outros lançamentos.
Emilio Baños, reitor da universidade, informou que a cápsula iniciou sua órbita ao redor da terra com a finalidade de acoplar-se à Estação Espacial Internacional, o que se espera que aconteça no próximo domingo.
Fica faltando um processo no qual será extraído o satélite da cápsula na, qual viaja para depois entrar em órbita em janeiro.
*Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.
**Tradução: Beatriz Cannabrava
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