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Protestos por cessar-fogo em Gaza tomam ruas, eventos, empresas e universidades nos EUA

Manifestações ganham cada vez mais forçam e cobram diretamente Biden e Kamala por cumplicidade no genocídio palestino
David Brooks
La Jornada
Nova York

Tradução:

Manifestantes em Nova York abriram, na entrada da sede mundial de gigantesca empresa financeira Blackrock, uma faixa com os nomes de 4 mil crianças mortas por bombas israelenses em Gaza, bradando “Blackrock, não pode se esconder, te acusamos de genocídio”, enquanto bloqueavam o acesso aos elevadores no lobby assinalando que a empresa promoveu investimentos nos assentamentos ilegais israelenses na Cisjordânia e investe nas empresas de armas que suprem o exército desse país. 

Este protesto foi só um de uma série de ações coordenadas através dos Estados Unidos em universidades, diante de firmas financeiras e em frente aos escritórios de políticos demandando um cessar-fogo de Israel em Gaza

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Estudantes participaram de ações em dezenas de universidades e escolas através do país. Dezenas foram detidos em ações de desobediência civil nas universidades do Texas, em San Antonio, de Brown, em Rhode Island, Tulane, em Nova Orleans, e Georgetown, em Washington.

Na cidade de Nova York, centenas de estudantes de escolas públicas e alguns professores abandonaram suas classes para somar-se a uma marcha à sede da Biblioteca Pública na Quinta Avenida com a demanda de cessar-fogo em Gaza.

EUA alimentam guerra em Gaza como na Ucrânia e em outros confins do mundo

Em Boston, onde a vice-presidenta Kamala Harris estava em um evento de arrecadação de fundos, 100 manifestantes disseram em coro: “Kamala, Kamala, não pode ver? Está em uma matança”, na frente do Hotel Ritz Carlton, enquanto chegavam os doadores ricos ao evento. Em Chicago, várias centenas de manifestantes exigiam um cessar-fogo em frente a um edifício onde o Presidente Joe Biden estava em outro evento de arrecadação de fundos. 

Umas 500 pessoas que trabalharam na campanha eleitoral de Biden em 2020 firmaram uma carta dirigida ao mandatário demandando que apele pelo cessar-fogo. “Como presidente dos Estados Unidos, tens o poder de mudar o curso da história e a responsabilidade de salvar vidas agora mesmo… Se falhares em tomar ação imediata, teu legado será de cumplicidade na cara de um genocídio”, afirma a carta, cuja cópia foi publicada pelo meio Vox. dio Vox.

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Sindicalistas também se manifestaram fora dos escritórios da central operária AFL-CIO, em Nova York, exigindo que sua organização tome uma posição pública em apoio a um cessar-fogo. A central operária da cidade, como a nacional, ainda não expressaram uma posição. 

Por sua vez, veteranos militares se reuniram em Washington com alguns legisladores com cartazes declarando que os “veteranos demandam um cessar-fogo”. Em um comunicado, afirmam que “cometer genocídio contra palestinos em Gaza não nos fará mais seguros”.

Jim Cason e David Brooks | La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.
Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

David Brooks Correspondente do La Jornada nos EUA desde 1992, é autor de vários trabalhos acadêmicos e em 1988 fundou o Programa Diálogos México-EUA, que promoveu um intercâmbio bilateral entre setores sociais nacionais desses países sobre integração econômica. Foi também pesquisador sênior e membro fundador do Centro Latino-americano de Estudos Estratégicos (CLEE), na Cidade do México.

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