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Roberto Bitencourt da Silva, historiador e cientista político, abriu uma campanha de crowdfunding para levantar recursos para publicar um livro sobre Sergio Magalhães, deputado federal pelo PTB nas décadas de 1950 e 1960.
Roberto Bitencourt da Silva*
Sergio Magalhães foi deputado federal por três mandatos consecutivos (1955-1964) pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) do Rio de Janeiro, então um partido progressista e nacionalista, integrado por figuras como João Goulart e Leonel Brizola.
Um dos principais políticos da esquerda brasileira entre as décadas de 1950 e 1960, ficou em segundo lugar na eleição de 1960 para governador do então estado da Guanabara, perdendo por pouca diferença de votos para o direitista Carlos Lacerda.
“As Trincheiras de Sergio Magalhães: nacionalismo, trabalhismo e anti-imperialismo”, do historiador e acadêmico Roberto Bitencourt da Silva, reunirá em uma só obra o resultado da pesquisa de toda uma biografia política do líder trabalhista brasileiro.
Atuante dentro da Frente Parlamentar Nacionalista, Magalhães tentou utilizar os meios institucionais na luta pelo desenvolvimento econômico do Brasil livre das interferências imperialistas. Também apoiava maior participação popular nas decisões políticas e na redistribuição das riquezas do país.
“Foi personagem central, à época, na defesa e repercussão do tema do controle sobre o capital estrangeiro, preconizando a tese da limitação das remessas de lucros dos investimentos externos”, ressalta Roberto Bitencourt, que também é colunista do Diário Liberdade.
A lei de remessa de lucros era parte das chamadas reformas de base, que proporcionavam uma maior intervenção do Estado e incluíam também uma reforma agrária e eleitoral, além da nacionalização de parte da indústria.
Essa afronta, mesmo que um tanto tímida, aos interesses imperialistas, principalmente dos EUA, foi a gota d’água para o desencadeamento do golpe militar capitalista e imperialista de 1964. Todos os políticos nacionalistas e de esquerda tiveram seus mandatos cassados a partir do golpe, inclusive Sergio Magalhães.
O livro biográfico que será o resultado da pesquisa de Bitencourt, no entanto, ainda passará por um processo de edição. Para isso, o autor necessita ajuda econômica.
A colaboração pode ser em qualquer valor, mas as contribuições especiais de R$ 50,00 e de R$ 75,00 serão retribuídas com prêmios. O da primeira será o livro “Alberto Pasqualini: trajetória política e pensamento trabalhista” e o segundo será, além da biografia de Pasqualini, o próprio livro “As Trincheiras de Sergio Magalhães: nacionalismo, trabalhismo e anti-imperialismo”, quando for lançado.
Outro tipo de colaboração também pode ser a partir da compra antecipada, pré-edição e pré-lançamento.
A contribuição pode ser feita pelo site Vakinha.com.br.