No dia Internacional da Alfabetização, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) advertiu hoje que 773 milhões de adultos e jovens carecem de competências básicas em leitura e escrita.
A propósito da jornada estabelecida em 1966, a entidade multilateral com sede nesta capital acolhe um foro virtual para abordar os desafios da alfabetização no cenário imposto pelo Covid-19 e, além disso, para propor respostas à crise e ao fato de que os programas para ensinar as pessoas a ler e escrever se detiveram em muitas partes.
MEC
Pandemia de coronavírus agravou panorama de analfabetismo mundial.
“A leitura é a chave do desenvolvimento. Os programas de alfabetização de adultos não deveriam ser a variável de ajuste da educação” declarou a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.
Na conferência interativa participam especialistas e educadores, convocados com o objetivo de impulsionar ações concretas que potencializem os processos de ensino a seres humanos relegados.
A pandemia causada pelo coronavírus SARS-Cov-2 e as necessárias medidas para freá-la, como os confinamentos generalizados, agravaram o panorama da educação, já que às quase 800 milhões de pessoas sem acesso à leitura e à escritura se somou o fechamento durante meses da imensa maioria das escolas do planeta.
De acordo com a Unesco, a Covid-19 perturbou a educação, afetando 91% dos estudantes e 99% dos professores.
A propósito da jornada, serão entregues os prêmios internacionais de alfabetização 2020 da Unesco e resultarão reconhecidas nesse sentido iniciativas de Gana, México, Nepal, Reino Unido e Iêmen.
Nesta ocasião, o reconhecimento em matéria de alfabetização Unesco-Rey Sejong, que recompensa projetos de educação e formação nas línguas maternas com o apoio da República da Coreia, será outorgado à Ageing Nepal e à United World Schools, do Reino Unido.
Por sua parte, os prêmios Unesco-Confúcio de Alfabetização, respaldados pela China para valorizar iniciativas em favor das populações rurais e de jovens não escolarizados, em particular meninas e mulheres, serão entregues ao Centro Universitário de Participação Social da Benemérita Universidade Autónoma de Puebla, México; à oficina de alfabetização de Sana, Iêmen; e ao programa ganês Just Commit Foundation.
Redação Prensa Latina
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Tradução: Beatriz Cannabrava
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