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Quem apoia e quem se opõe à ordem de Bolsonaro de celebrar o golpe de 1964

Após presidente determinar que militares comemorem regime de exceção, hastag #DitaduraNuncaMais é assunto mais comentado no Twitter

Pablo Rodrigues
Sputnik Brasil
Rio de Janeiro (RJ)

Tradução:

Jair Bolsonaro determinou que militares comemorem no dia 31 de março o aniversário do golpe militar de 1964, quando, há 55 anos, o governo de João Goulart foi derrubado por rebelião militar, dando início ao regime ditatorial  que durou 21 anos. O desejo de celebrar traz consigo a indignação dos que acreditam ser dia de luto.

A comemoração de 31 de março foi pausada pela então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2011. Ela própria foi presa durante o regime militar, período em que dezenas de militantes opositores foram torturadas e mortas.

A hashtag #DitaduraNuncaMais já é o assunto mais comentado de hoje no Twitter. Há uma mistura de indignação, volta de lembranças do regime ditatorial e crítica à decisão do presidente do Brasil.

Enquanto há quem veja a data como festa, há quem veja a data como luto.

Após presidente determinar que militares comemorem regime de exceção, hastag #DitaduraNuncaMais é assunto mais comentado no Twitter

Marcos Corrêa/PR Santiago (Chile)
Jair Bolsonaro e Sebastián Piñera, presidente do Chile

As marcas do regime militar ainda estão impregnadas em muitos.

Uma internauta postou alguns casos de tortura, que não são “nem 5% de tudo que aconteceu”.

Algumas crianças “presas pela ditadura que não aconteceu”.

O Twitter está sendo usado para unir os internautas contra a comemoração.

Internauta diz que até militares estão pedindo para Bolsonaro ir com calma no que diz respeito à celebração, repetindo informação publicada pela Veja.

O jornalista Luis Nassif divulgou a realização da “Caminhada do Silêncio” no dia 31 de março.

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL) apoia a comemoração, pois, segundo ela, “é a retomada da narrativa de nossa história”.

Há quem diga que o regime militar conteve o “comunista João Goulart que queria fazer do Brasil uma Cuba gigante”.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

Pablo Rodrigues

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