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Enquanto Xiaomi começou a ganhar reputação fora da China, revistas especializadas da Europa e da América começaram a escrever avaliações e análises sobre os produtos desta companhia, apresentando seu presidente e fundador, Lei Jun, como o ‘Steve Jobs chinês’. Como se não bastasse, nas apresentações Lei Jun veste calças jeens e uma camisa negra, como fazia o fundador da Apple.
Apesar desse tipo de comparações e elogios ajudarem a Xiaomi a ganhar popularidade e chamar a atenção dos investidores estrangeiros, o próprio Lei Jun não quer que o chamem de ‘Steve Jobs chinês’, como já escreveu no blog da Xiaomi. Ele reconhece que a Apple sempre o inspirou, mas não pretende emular suas práticas nem técnicas. Quando os jornalistas o encurralam com perguntas relacionadas a como pensa vencer a Apple e a Samsung, ele responde que “não pretende comprar sua empresa com esses gigantes do mercado”.
Evidentemente, Lei Jun é algo mais que um simples vendedor. O homem de negócios chinês é formado na universidade de Wuham, em Hunei, China. Em 1992 se converteu em co-fundador da empresa Kingsoft, dedicada à programação e desenvolvimento de software para computadores e entre 1993 e 2007 foi presidente da companhia. Atualmente, além de gerir Xiaomi, dedica-se à produção de projetos educativos. A companhia YY, da qual participa da direção, publicou há pouco a página web 100.com em que se pode estudar gratuitamente o inglês. O ensino é gratuito e os estudantes ganham 16 dólares para cada lição aprovada.
Um dos grandes êxitos de Xiaomi é o fácil acesso a seus dispositivos móveis. A empresa vende seus produtos a um preço que não supera exageradamente seu custo de produção. Para baratear os custos, a maioria dos produtos são vendidos diretamente pela Internet. Ainda assim, além dos preços baixos, esses smartphones chineses gozam de impressionantes características, que nada deixam a desejar da competência.
Por exemplo, o novo Mi4 possui um processador de três núcleos Snapdragon 801 de potência de 2.5 GHz, enquanto que o iPhone 5S possui um processador de dois núcleos com 1.3 GHz. Além disso, o Mi4 tem três Gb de memória RAM, uma câmera de 13 megapixels e uma tela de cinco polegadas. No dia de sua apresentação, Lei Jun anunciou que o novo smartphone “é muito melhor que o iPhone”, ao que se une a comparação de preços entre ambos dispositivos na China: 320 dólares o Mi4 diante dos 868 dólares que pedem por um iPhone 5S.
Depois de alcançar a posição de favorito dos usuários desde sua criação em 2010, Xiaomi começou a se expandir para o exterior pouco a pouco. Este ano começou a vender em Taiwan, Hong kong, Singapura e Índia, sendo seu próximo objetivo introduzir-se nos mercados da Rússia, Turquia, Brasil, México e alguns outros países. Cabe destacar que a Índia é um mercado muito complicado para Xiaomi, dado que ali se encontra Micromax, empresa que domina o mercado de smartphones no país. A isto se soma o tradicional pensamento com relação a duvidosa qualidade das produções chinesas. Mesmo assim, Xiaomi se propõe conquistar o mercado indú, prometendo fabricar dispositivos especialmente para eles, empregando programadores e engenheiros nativos.
*actualidad.rt.com