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Rússia implanta sistema de guerra eletrônico contra aumento das missões da OTAN

Centro de guerra eletrônica da Frota do Báltico perto de Kaliningrado foi um dos primeiros a receber o mais recente sistema móvel de geração de interferência
Redação Sputnik Brasil
Sputnik Brasil
Rio de Janeiro (RJ)

Tradução:

Centro de guerra eletrônica da Frota do Báltico perto de Kaliningrado foi um dos primeiros na Rússia a receber o mais recente sistema móvel de geração de interferência, cujo objetivo é combater o reconhecimento aéreo do adversário, informam fontes no Ministério da Defesa do país.

O objetivo principal do recém-implantado sistema de guerra eletrônica em Kaliningrado – um enclave russo localizado entre a Polônia e a Lituânia – é combater as atividades de reconhecimento da aviação do inimigo, explicaram fontes ao jornal Izvestia, sem especificar o nome do novo armamento.

Anteriormente se informou que o Ministério da Defesa da Rússia planeja enviar à região de Kaliningrado o novíssimo sistema de guerra eletrônica Divnomorie, que entrou em serviço em 2018.

Sabe-se que o aparelho foi projetado para criar interferências aos aviões-radar, sistemas de reconhecimento por satélite, helicópteros, veículos aéreos não tripulados e mísseis de cruzeiro.

Segundo os desenvolvedores, os novos sistemas poderão substituir os vários tipos de equipamentos que estão atualmente em serviço, tais como Moskva-1, Krasukha-2 e Krasukha-4.

Ao contrário dos referidos meios de guerra eletrônica, Divnomorie pode ser colocado na totalidade em apenas um veículo, o que permite instalá-lo rapidamente no local necessário.

© SPUTNIK / PAVEL LISITSYN

Coronel Vladimir Anokhin, vice-presidente da Academia de Questões Geopolíticas, disse ao jornal que a implantação de novos sistemas de guerra eletrônica é uma resposta eficaz e de baixo custo contra o aumento das missões da OTAN na região, em particular simulações de ataques dos bombardeiros estratégicos B-52 dos EUA e envio de novos drones de reconhecimento à Polônia.

De acordo com o especialista, no caso de uma agressão contra a região de Kaliningrado, as forças russas poderão simplesmente “desligar” os sistemas de controle na Polônia, nos Países Bálticos, bem como sobre as águas do mar Báltico.

“A instalação destas novas armas não letais poderá bloquear tudo o que funciona na base da eletrônica”, explicou Anokhin. “Isso criará condições nas quais para o inimigo será impossível avaliar a situação, tanto operacional como tática. Durante o uso de sistemas de guerra eletrônica cria-se uma ‘névoa’ na qual é impossível entender o que está acontecendo.”

Estes meios de guerra eletrônica serão capazes não só de proteger uma grande área como também operar dentro do território do adversário.

Sistema de guerra eletrônica Murmansk BN / © SPUTNIK / PAVEL LVOV

Anteriormente, três bombardeiros B-52H da Força Aérea dos EUA simularam ataques aéreos à região russa de Kaliningrado com mísseis de cruzeiro lançados a partir de espaço aéreo europeu.

Na ocasião, os bombardeiros voaram sobre os Países Baixos, Alemanha, Polônia e Países Bálticos até as proximidades de um polígono militar da Estônia.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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