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Sábado Resistente: O exílio como frente de luta

Revista Diálogos do Sul

Tradução:

memorial da resistência 20 fev 2010 073No Sábado Resistente promovido pelo Memorial da Resistência de São Paulo, os militantes da resistência à ditadura Anivaldo Padilha e José Luís Del Roio, e o professor da Brown University James E. Green, abordam a luta dos exilados brasileiros para derrotar a ditadura de 1964-1985

Com o recrudescimento da repressão aos movimentos políticos de resistência à ditadura, a partir do final dos anos sessenta, grande número de militantes e lideranças políticas foi forçado a deixar o Brasil e se refugiar em outros países. O roteiro rumo ao exílio era comum. A maioria atravessava as fronteiras rumo ao Uruguai ou Argentina para chegar ao Chile, país que vivia a experiência socialista do governo de Salvador Allende. País que abrigava exilados de vários países latino-americanos, incluindo jovens americanos fugindo do recrutamento compulsório para a Guerra no Vietnã. Outros, com menos problemas de segurança, viajavam diretamente para a Europa, especialmente para a França e Itália. Uma parcela menor chegou ao México e Estados Unidos. Com o golpe militar no Chile, em setembro de 1973, os exilados brasileiros experimentam uma nova diáspora e acabam por se espalhar por vários países europeus, latino-americanos e América do Norte.

Apesar da grande diversidade política, algo importante uniu a grande maioria dos milhares de exilados: o exílio não poderia tornar-se uma experiência na qual se cultivava a nostalgia da terra natal, muito menos um lugar de lamentações pelas derrotas sofridas. Ao contrário, o exílio tinha que ser um lugar de reafirmação dos compromissos revolucionários, de autocrítica, de aprofundamento teórico e de constituição de uma nova frente de luta contra a ditadura.

Com esses objetivos em mente, frentes de solidariedade foram organizadas. Entre elas campanhas de denúncias contra a ditadura e pela defesa dos presos políticos, que contribuíram fortemente para o isolamento político da ditadura brasileira no plano internacional.

Neste Sábado Resistente vamos conhecer como essas lutas se desenrolaram e quais os seus impactos sobre a ditadura brasileira. Para isso, contaremos com a contribuição de dois protagonistas dessas lutas, e também do historiador americano Prof. James Green.

PROGRAMAÇÃO

14h

  • Boas vindas –  Katia Felipini (Coordenadora do Memorial da Resistência de São Paulo)
    Coordenação – Ivan Seixas (presidente do Condepe e coordenador da Comissão da Verdade Estadual “Rubens Paiva”, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo)

14h15 – 16h30
Palestras

  • José Luís Del Roio (jornalista, militante do PCB e fundador da ALN, ex-senador italiano pela região da Lombardia, e exilado em vários países como Peru, Argélia e Itália).
  • Anivaldo Padilha (formado em Ciências Sociais, militante da Ação Popular e exilado no Chile, Estados Unidos e Suíça).
  • James N. Green (Professor de História e Cultura Brasileira na Brown University, Estados Unidos, e autor do livro Apesar de Vocês: a luta contra a ditadura brasileira nos USA, Cia. das Letras).

16h30
Debate com o público

Os Sábados Resistentes, promovidos pelo Memorial da Resistência de São Paulo e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política, são um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo maior o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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