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Saída de Trump da Casa Branca seria benéfica para Cuba, diz Cônsul em São Paulo

"Pior que Trump, é difícil de encontrar", ressalta Pedro Monzón. É um homem extremista, fascista e, além disso, segue uma política muito desumana com Cuba”
Mariane Barbosa
Diálogos do Sul Global
São Paulo (SP)

Tradução:

A administração de Donald Trump (Republicano) reforçou de maneira inédita e cruel os ataques a Cuba. Por meio de bloqueios econômicos e sanções direcionadas a países que tentam fazer qualquer tipo de investimento na ilha, os Estados Unidos tentam submeter o país caribenho há 60 anos, desde a Revolução Cubana em 1959.

Para falar sobre o tema, a TV Diálogos do Sul convidou o cônsul de Cuba em São Paulo, embaixador Pedro Monzón, que também falou sobre o combate à pandemia no país e a diferença entre os diferentes governos estadunidenses em relação ao seu país.

"Pior que Trump, é difícil de encontrar", ressalta Pedro Monzón. É um homem extremista, fascista e, além disso, segue uma política muito desumana com Cuba”

The White House
“A política dos EUA, sua essência em relação a Cuba, não vai se modificar. Nem sequer [Barack ]Obama [Democrata] mudou a essência"

“Pior que Trump, é difícil de encontrar”, ressalta Monzón, “muitos o qualificam como o pior presidente dos EUA. É um homem extremista, fascista em sua política, soberbo, ególatra e, além disso, segue uma política muito desumana com Cuba”, disse ao mencionar a possibilidade de que o mandatário não consiga se reeleger no pleito deste ano.

“Eu acredito, em minha opinião, que a saída de Trump, caso aconteça, pode ser sem dúvida, muito benéfica para Cuba”, diz, ao ressaltar que, mesmo com a saída do estadunidense do governo, com a eventual vitória de Joe Biden (Democrata),  significaria o fim do bloqueio. “A política dos EUA, sua essência em relação a Cuba, não vai se modificar. Nem sequer [Barack ]Obama [Democrata] mudou a essência. Essa é a realidade.”

Bloqueios em meio à pandemia

No início da pandemia de coronavírus, inúmeros países sentiram a força da Covid-19 quando assistiram aos seus sistemas de saúde colapsarem pela alta demanda que explodiu por todo o mundo.

Além do vírus, os cubanos precisaram lidar com a falta de suprimentos básicos no país. O bloqueio imposto pelos Estados Unidos, afeta diretamente a aquisição de medicamentos básicos, insumos, equipamentos e até mesmo combustíveis fósseis.

“Cuba não pode importar nenhum produto, nenhuma mercadoria que tenha mais de 10% dos componentes estadunidenses. Se um empresário se atreve a exportar a Cuba um produto com componentes dos EUA, pode ser sancionado”, explica Monzón.

Nobel da Paz

Porém, graças à excelente medicina cubana e seu sistema de saúde gratuita, os números da pandemia de coronavírus são otimistas. “A política de Cuba é apoiada em valores, em princípios humanos, em interesses de ajudar a humanidade”, diz o embaixador.

Na Europa, um grupo de ativistas está encampando um movimento internacional para que o Prêmio Nobel da Paz seja concedido para a brigada Henry Reeve, nome dado aos médicos cubanos que atuam mundialmente em países empobrecidos ou que enfrentam graves situações de saúde.

Monzón esclarece que Cuba considera positiva a iniciativa, que ajuda a difundir a importância da medicina revolucionária do país e seu caráter não mercantilista. 

Assista a entrevista completa:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Mariane Barbosa

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