Brasília, (Prensa Latina) Cerca de 1.325 profissionais, que representam 19 por cento dos médicos brasileiros que ingressaram no Mais Médicos, desistiram de participar do programa até maio, informa hoje o portal de notícias G1.
Os dados obtidos pelo lugar, junto ao Ministério de Saúde, revelam que o número de renúncias à iniciativa cresceu 25 por cento com respeito ao balanço anterior, o qual indicava que 1.52 médicos nacionais decidiram abandonar o Mais Médicos nos três primeiros meses do ano.
Estes profissionais substituiriam os médicos cubanos que cessaram sua participação na iniciativa, criada em 2013 durante o Governo da deposta presidente Dilma Rousseff, por questionamentos e declarações ofensivas do presidente Jair Bolsonaro.
Programa Mais Médicos
Autoridades sanitárias e políticas denunciam a grave situação dos municípios afastados e nas comunidades indígenas e quilombolas
Após a não continuação da ilha no programa, um edito foi aberto para encher as 8.517 vagas. Em um princípio, 7.120 postos resultaram completados por médicos formados no Brasil, no entanto começaram os abandonos de praças por diferentes razões: superação, distância, salários, entre outras.
Autoridades sanitárias e políticas denunciam a grave situação dos municípios afastados e nas comunidades indígenas e quilombolas, que atrai a poucos candidatos e cuja população está sem atenção médica depois do fim dos médicos e médicas cubanos na iniciativa.
O meio noticioso confirma que diversos municípios brasileiros convivem com a ausência de médicos nos serviços de saúde.
De acordo com uma declaração do Ministério de Saúde de Cuba, divulgada em meados de novembro, a participação cubana em Mais Médicos realizou-se através da Organização Pan-americana da Saúde e distinguiu-se por ocupar praças não cobertas por médicos brasileiros nem de outras nacionalidades.
'Nestes cinco anos de trabalho, para perto de 20 mil colaboradores cubanos atenderam a 113 milhões 359 mil pacientes, em mais de 3.600 municípios, chegando a cobrir-se por eles um universo de até 60 milhões de brasileiros no momento em que constituíam 80 por cento de todos os médicos participantes no programa', destacou o documento.