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Salvemos o condor andino

Revista Diálogos do Sul

Tradução:

Roberto Hernández*

condor1Os incas, uma das cultura mais desenvolvidas antes da chegada dos espanhóis à América em 1492, pensavam que o condor andino (Vultur Gryphus) era imortal. Não obstante, mais de cinco séculos depois os ambientalistas e a alta tecnologia tentam tirá-lo da lista dos em perigo de extinção onde está desde 1973.

Com esse propósito, várias organizações e zoológicos nas nações andinas (Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela), Cuba e Estados Unidos, colaboram na reprodução assistida da maior ave existente no hemisfério ocidental.

Símbolo da força, inteligência e exaltação, o condor teve suas populações reduzidas no século passado e chegou a desaparecer de alguns países como Venezuela, que não registra sua presença desde 1965, até que, nos anos 1990, graças ao Projeto Condor Andino, alguns exemplares criados em cativeiro foram devolvidos às serras de Mérida, no norte.

Envolvido nesse esforço está o Zoológico de La Habana, com quase 75 anos de existência, doou duas aves para a Venezuela e ovos para a Argentina.

hqdefault sulEm uma década, desde dezembro de 1997, foram reintegrados 65 indivíduos da ordem falconiforme às antigas áreas de sua distribuição, deste o norte da Venezuela até Tierra del Fuego (Argentina), provenientes de criadeiras ex situ. Esses morreram, por tiro, intoxicação ou eletrocutado.

O condor pode durar uns 50 anos e voar até 260 quilômetros em busca de comida, mas tem como inimigo o homem que acredita erroneamente que ele ataca gado vivo. Não obstante, a ave eterna como a conhecem os andinos, é carniceiro e cumpre um inestimável papel de lixeiro natural do ecossistema, pois com seu poderoso bico curvo abre o couro de grandes animais e permite que outros familiares menos se alimentem.

Suas azas abertas alcançam três metro, faz o ninho nas rochas de penhascos por sua facilidade de voar a mais de cinco mil metros de altura sobre o nível do mar. O condor macho chega aa pesar 15 quilogramas e as fêmea 11.

A perseguição humana e sua lenta reprodução –uma fêmea põe um ovo cada dois ou três anos- colocou a espécie em perigo de extinção, situação que motivou o Projeto Condor (iniciado em 1991 na Argentina) para ajudar que os casais possam ter mais de uma cria nesse tempo.

*Original da revista Orbe, especial para Diálogos do Sul


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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