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Se EUA querem acabar com narcotráfico, devem invadir Wall Street, não o México

Políticos estadunidenses poderiam se sentar com homólogos mexicanos e analisar medidas conjuntas a serem tomadas, respeitando a soberania de cada um
Redação IER
Executive Intelligence
Washington

Tradução:

Em 12 de janeiro de 2023, o congressista republicano do Texas, Dan Crenshaw, apresentou uma resolução na Câmara de Representantes (H. J. RES. 18) para “autorizar o emprego das Forças Armadas dos Estados Unidos contra os responsáveis pelo tráfico de fentanil ou de uma substância relacionada com o fentanil nos Estados Unidos”.

A resolução de Crenshaw deixa claro que se refere a ataques militares transfronteiriços unilaterais dentro do México. A resolução foi remetida à Comissão de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes.

EUA responsabilizam México e China por overdoses de fentanil entre estadunidenses

Os diretores do semanário Executive Intelligence Review (EIR), fundado pelo economista estadunidense Lyndon LaRouche, quiseram sugerir ao congressista – e aos demais que se apressaram em apoiar sua proposta – que se realmente falam sério em utilizar a força militar estadunidense para deter o narcotráfico internacional, e não se trata apenas de uma pose eleitoreira, deveriam então autorizar as Forças Armadas dos Estados Unidos a invadir Wall Street, não o México.

Como sabe todo analista informado sobre o narcotráfico desde que o EIR publicou a primeira edição de seu best seller Dope, Inc., (Narcotráfico, S.A., em sua versão em espanhol) por volta de 1978, por encargo de Lyndon LaRouche o narcotráfico internacional é dirigido pelos interesses financeiros internacionais com sede na City de Londres e em Wall Street, em grande parte por meio de seus paraísos bancários extraterritoriais.

Atualmente, calcula-se que este tráfico chega a um trilhão de dólares anuais, e é um fator nada desprezível para manter com vida – se bem que com respiração artificial – o sistema financeiro transatlântico falido.

Além disso, podemos assegurar ao representante Crenshaw que tal ação não constituiria uma transgressão à Lei Posse Comitatus, que proíbe o emprego das forças armadas estadunidenses em solo nacional, já que Wall Street está claramente sob o controle da City de Londres e dificilmente pode ser considerada nem remotamente estadunidense.

Uma vez que o representante Crenshaw e outros tenham demonstrado que levam a sério a erradicação das drogas, adotando esta medida, então os representantes estadunidenses poderiam sentar-se com seus homólogos mexicanos para analisar que medidas conjuntas poderiam ser tomadas, com pleno respeito à soberania de cada um, para derrotar seu inimigo comum, o Narcotráfico, SA.

Para mais informação: Preguntas@Larouchepub.com
EIR News Service, Inc.
Tradução: Ana Corbisier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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