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Sem economia do Papa Francisco humanidade será levada à destruição, diz Célio Turino

"É incompatível um sistema econômico que é baseado na acumulação infinita. Se o planeta é finito, é uma conclusão lógica, isso vai levar à destruição da humanidade"
Mariane Barbosa
Diálogos do Sul Global
São Paulo (SP)

Tradução:

A TV Diálogos do Sul recebeu o historiador, escritor e consultor em Políticas Públicas Célio Turino para um bate-papo com o escritor e editor Paulo Cannabrava sobre a atual situação da cultura no Brasil. Ele foi o Idealizador do projeto Ponto de Cultura, implementado pelo ministério da Cultura (MinC) durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011). 

Historiador, escritor e consultor em Políticas Públicas, Célio Turino falou com a TV Diálogos do Sul para te trazer uma segunda parte da entrevista onde falamos sobre Ponto de Cultura, nome de seu projeto implementado pelo ministério da Cultura (MinC) durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011). 

Mas, dessa vez não falamos sobre cultura e sim sobre a Economia de Francisco, um movimento que está empolgando o mundo inteiro, reunindo economistas para discutir alternativas a esse modelo econômico capitalista, que está levando e economia rumo a um possível colapso mundial.

Mas o que Célio Turino, um historiador mergulhado na cultura do nosso país tem em comum com a iniciativa econômica?

Célio explica que hoje os “pontos de cultura” estão mais sólidos fora do Brasil do que em nosso país. Entre esses países, a Argentina, terra natal de Francisco l, enquanto ainda era arcebispo, se deparou com o projeto brasileiro nas periferias de Buenos Aires e em 2015, convidou historiador para uma visita ao Vaticano. De lá para cá, Célio Turino já fez parcerias com a Santa Sé, lançou um livro na Itália e ficou muito mais próximo para ajudar na economia do Papa.

Ele explica que a Economia de Francisco parte de algumas constatações que deveriam ser óbvias, mas não são. De acordo com o historiador, a primeira é que nós vivemos num planeta que é limitado, seus recursos são conhecidos. 

“É incompatível um sistema econômico que é baseado na acumulação infinita. Se o planeta é finito, é uma conclusão lógica, isso vai levar à destruição da humanidade”, e complementa dizendo que o primeiro princípio do projeto de Jorge Mario Bergoglio “é incompatível com o modelo capitalista, sobretudo na fase neoliberal”.

O segundo princípio trata das emergências climáticas. Célio diz que Francisco l absorve a Encíclica sobre o “cuidado com a casa comum”, que nada mais é do que o cuidado com o ambiente e cita como exemplo a questão com a transição dos combustíveis fósseis.

“É preciso dar um basta. Foram dezenas, centenas de milhões de anos em que o planeta capturou carbono, capturou matéria viva, a depositou no solo e isso virou petróleo”, diz. “Em 200 anos, a humanidade colocou todo esse carbono de volta para a atmosfera, é claro que isso cria uma alteração”, explica o historiador. 

“Há uma necessidade urgente de uma transição para um outro modelo de energias limpas e distribuídas. Há muitas soluções”, finaliza ao dizer que esse é um ponto importante para a economia.

Assista a íntegra da entrevista em nosso canal:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Mariane Barbosa

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