A classe trabalhadora no Haiti passa por um momento crítico. Nos últimos três anos, não houve reajuste salarial, as condições de trabalho são precárias, direitos trabalhistas não são respeitados. Esta situação, construída pelos os governos do partido PHTK, está ativa há mais de dez anos, desestabilizando o estado haitiano e transformando o Haiti dependente econômica e politicamente dos EUA.
A situação é grave; o país vive uma inflação anual de 24%, a taxa de câmbio incontrolável (cada dia um valor mais alto), desvalorizando a moeda local. A vida está cara, e durante toda esta semana, trabalhadoras(es) realizaram manifestações para expor sua indignação com a conjuntura atual, denunciando a falta de reajuste salarial.
Hoje, o salário diário está em 500 Gourdes (4,5$); as(os) trabalhadoras(es) reivindicam um aumento salarial para 1.500 Gourdes (14,5$).
Durante as manifestações, um grande contingente policial efetuou uma feroz repressão, atacando ferindo várias(os) trabalhadoras(es) com bombas de gás e agressões físicas. Esta ação policial é símbolo de um governo autoritário, antidemocrático, mantido pela força dos EUA.
Captura de tela – TELE GINEN / YouTube
A situação é grave: o país vive uma inflação anual de 24 e taxa de câmbio incontrolável, desvalorizando a moeda local
E este cenário de manifestações seguirá durante as próximas semanas, de acordo com as centrais sindicais “Batay Ouvriye” e “CNOHA”, que mobilizam as(os) trabalhadoras(es) do parque industrial, onde encontram-se concentrados o maior número de assalariadas(os) da capital, Porto Príncipe.
É necessário que outras nações sejam solidárias com a classe trabalhadora Haitiana, com o povo que sofre com a gerência do partido PHTK, gerência coordenada a partir dos interesses dos EUA.
Solidariedade dos povos da América e Caribe, por um Haiti Livre, com autonomia política e econômica.
Por Brigada Internacionalista Jean-Jacques Dessalines
Da Página do MST
Editado por Fernanda Alcântara
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