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“O mundo tinha que pedir desculpas a Bolívia por ter esquecido oque ocorreu durante a colônia e o que sucedeu depois quando o país foi convertido num laboratório de experiências contra-insurgentes e de novos sistemas neocoloniais e imperiais que sobrevivem até hoje”, assevera Stella Calloni em sua obra em que passa em revista a ingerência estrangeira na Bolívia nos últimos 50 anos.
“Eleito pelas maiorias, apesar das tentativas do império estadunidense de detê-lo, aos 47 anos Evo chegou ao governo de um país desgarrado e saqueado sem descanso durante mais de quinhentos anos. O relato doloroso e contraditoriamente belo de um país onde o povo nunca deixou de resistir. Evo simboliza essa resistência”, disse Stella, citada pelo diário local Diagonales.
“Tanto a Cia (agência de inteligência de EUA) como o Grupo Militar da embaixada estadunidense em La Paz, dispunham de seus gabinetes dentro do próprio Palácio Quemado – a Casa do Governo – enquanto ONGs e fundações financiadas pela Cia operavam como cobertura, foram gradualmente sujeitando o país em uma teia de aranha que o imobilizava e paralisava as energias nacionais para extrair até a última gota das enormes riquezas naturais da nação mais empobrecida da América do Sul”.
Com abundante documentação, pesquisas, entrevistas a Evo Morales e ao vice presidente Álvaro García Linera, testemunho e crônicas da realidade, Stella demonstra “como um país imensamente rico em recursos humanos e naturais, pode ser convertido em um laboratório de projetos neocoloniais. E também de que maneira o povo boliviano desenterrou seus espelhos para que nos olhemos neles nos tempos da dominação e no esplendor das resistências”.
Stella Calloni é também autora de Operação Condor: Pacto Criminoso, em que desnuda os mecanismos dessa “internacional da morte” das ditaduras do Cone Sul
Segundo o legendário líder histórico da revolução de Cuba, Fidel Castro, “Calloni é uma das melhores pesquisadoras para compreender o intervencionismo do imperialismo estadunidense nas diferentes regiões”.
Atualmente é correspondente para América do Sul do Jornal La Jornada de México, com sede em Buenos Aires e também colaboradora de Diálogos do Sul