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Ter uma candidata indígena à presidência é um chamado à organização popular, dizem zapatistas

Revista Diálogos do Sul

Tradução:

A estrutura nesse país é pensada sem a mulher”, afirmou María de Jesús Patricio, ao destacar a proposta feita pelo Congresso Nacional Indígena (CNI) de criar um Conselho Indígena de Governo (CIG) e que sua porta-voz seja candidata nas eleições presidenciais de 2018 no México. A representante do CNI ressaltou que a proposta tem um objetivo organizativo e não eleitoral, ressaltou a integrante do CNI.
Patricio também fez um chamado à unidade dos de baixo, com os povos e demais setores cansados da atual situação do país. As declarações ocorreram no encerramento do seminário “Os muros do capital, as fissuras da esquerda”, realizado entre 12 e 15 de abril em Chiapas.
Para Carlos González, porta-voz do CNI, criar um Conselho Indígena de Governo é buscar uma saída coletiva para “deter a tormenta que já nos arrasta”, em alusão à crise social, econômica e política no México.
De 26 a 28 de maio o CNI se reunirá novamente para definir os funcionamentos do conselho e a nomeação de sua porta-voz, que será nomeada candidata à presidência da República.
O porta-voz do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) Subcomandante Insurgente Moisés ressaltou que a proposta de criar o conselho indígena e a apresentação de sua porta-voz como candidata à presidência, mais que uma proposta eleitoral é um chamado à organização: “Se os exploradores não pediram permissão para nos explorar, não temos que pedir permissão para nos organizar”, ressaltou.
O dirigente zapatista ressaltou que “é preciso dirigir a nós mesmos, que não nos imponham [nada]. O povo manda e o governo obedece. O capital não marcará nosso caminho”. Ele reforçou ainda que “estamos buscando o caminho do nosso destino, para isso é necessário tecer a organização dos povos indígenas e não indígenas”.
Moisés orientou que o CIG e sua próxima porta-voz sempre ouçam os de baixo para construir um “mundo que dê vida”.
Publicado originalmente em espanhol pelo site Desinformémonos.
Tradução dos Diálogos do Sul


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

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