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ToggleO Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC) foi surpreendido no início da tarde de hoje (5) pelo anúncio de que a montadora Toyota decidiu encerrar as atividades da fábrica em São Bernardo do Campo.
A unidade, que é a primeira planta da empresa fora do Japão, foi fundada em 1962 e atualmente emprega 580 trabalhadores. A empresa alega “otimização de custos” e que planeja transferir toda a produção da sede do ABC paulista para as três fábricas que mantém no interior de São Paulo: Porto Feliz, Sorocaba e Indaiatuba.
“Fomos surpreendidos pela direção da Toyota com o anúncio da decisão de fechamento”, afirmou o presidente do SMABC, Moisés Selerges, em nota publicada no site da entidade. “O fechamento não prejudica só os trabalhadores na empresa, mas toda uma rede de fornecedores. Milhares de empregos podem ser perdidos. Vamos iniciar um processo de luta e resistência”, completou.
Ainda segundo o SMABC, a decisão causa indignação também porque a empresa, juntamente com os governos do estado e federal, vinha se recusando a atender ao chamado dos trabalhadores para debater alternativas que mantivessem a planta de São Bernardo em condições de evitar seu fechamento. “Há muito tempo o Sindicato vinha cobrando investimentos na planta em São Bernardo. Vivemos em uma conjuntura que a política industrial é desprezada, tanto pelo governo do estado como pelo governo federal”, protestou Selerges.
Rede Brasil Atual | Montagem
Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se reúnem com trabalhadores da Toyota, iniciando processo de luta e resistência
Otimização pra quem?
Por sua vez, o diretor administrativo do SMABC, Wellington Messias Damasceno afirma que a Toyota “desonra um compromisso” e que a empresa mostra não estar preocupada com os empregos e com as famílias que serão afetadas pela decisão, que classificou como irresponsável.
“O tempo todo a Toyota vinha insistindo que a empresa tinha futuro aqui, que não ia fechar. Chegou a dizer que a planta de São Bernardo tinha produto para os próximos três anos, que era uma fábrica produtiva, competitiva e lucrativa. E o Sindicato, a todo momento, discutindo e pautando a questão do investimento. Agora a fábrica toma essa decisão de maneira irresponsável. Ela não tem motivo para fazer isso, podia reorganizar a produção, trazer algum produto para cá, tinha outras alternativas que não fechar. Qualquer justificativa não é aceitável”, criticou Wellington.
O processo de fechamento da fábrica da Toyota no ABC paulista começa em dezembro e deve durar até novembro de 2023. Ao jornal Folha de S.Paulo a empresa disse que 100% dos empregos que atualmente estão em São Bernardo serão mantidos, se os colaboradores quiserem se mudar para as fábricas do interior paulista.
Redação Rede Brasil Atual
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