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TogglePreocupados com o curso que os Estados Unidos está tomando nas mãos de Donald Trump, mais de 70 ex-funcionários da segurança nacional, que serviram durante as administrações dos ex-presidentes republicanos Ronald Reagan, George HW Bush, George W. Bush e/ou Donald Trump, se uniram por meio de uma declaração em que apoiam Joe Biden como próximo presidente do país.
Na nota, eles defendem a união pela democracia. Os oficiais listam 10 razões pelas quais concluem que Donald Trump falhou com os Estados Unidos, entre elas, a incapacidade do Chefe de Estado em conduzir uma crise nacional, o desprezo pelas Forças Armadas estadunidenses e os ataques, e calúnias direcionados aos imigrantes do país.
“Trump desonra rotineiramente e inflama preconceitos, enquanto ele busca apoio para sua reeleição. Apesar do legado da América como uma nação de imigrantes, ele demonizou os americanos que vêm de outros países, até mesmo dizendo aos membros do Congresso que as famílias imigraram para os Estados Unidos, para ‘voltar’ aos ‘lugares infestados de crime’ de onde vieram”, diz trecho do documento.
Em contraste, os ex-funcionários acreditam que, mesmo com alguns deles tendo opiniões políticas diferentes, Joe Biden tem “o caráter, a experiência e o temperamento para liderar a nação”. Eles também crêem que ele unirá novamente os estadunidenses, reafirmará a posição do país como líder global e “inspirará nossa nação a viver de acordo com seus ideais”.
Você pode ler aqui o documento na íntegra.
Twitter | reprodução
O presidente Donald Trump
Unidos pela democracia
Nos Estados Unidos há uma lei que impede militares ativos de realizarem qualquer tipo de ação política, o que acaba levando os oficiais aposentados, mesmo politicamente conscientes, a se esforçarem para serem apartidários e, muitas vezes, não se alinharem com qualquer uma das partes políticas no comando de sua nação.
Segundo um artigo em que outros ex-militares também se pronunciaram sobre Trump, do estadunidense Thomas Colt, publicado na plataforma Medium, o fato de tantos ex-generais e almirantes de alto escalão falarem abertamente contra o governo de Donald Trump ressalta a gravidade da ameaça que ele representa para a democracia dos EUA.
Para o General James Mattis, aposentado do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e ex-Secretário de Defesa do presidente estadunidense, Trump é o primeiro presidente de sua vida que não tenta unir o povo americano, e “nem mesmo finge tentar”. “Em vez disso, ele tenta nos dividir. O slogan nazista para nos destruir era ‘dividir para conquistar’. Nossa resposta foi dizendo que na ‘União há Força’”, adverte Mattis.
Ex-Comandante de Operações Especiais dos EUA, o Almirante William McRaven alerta para a necessidade de sentir medo do atual governo. “Tememos profundamente pelo futuro da nação”, diz.
“Quando homens e mulheres bons não podem falar a verdade, quando os fatos são inconvenientes, quando a integridade e o caráter não importam mais, quando o ego presidencial e a autopreservação são mais importantes do que a segurança nacional, então não há mais nada para impedir o triunfo do mal.”
Outro nome de respeito dos EUA, o General de quatro estrelas Michael Hayden, aposentado da Força Aérea, que tem no currículo a ex-direção da Agência de Segurança Nacional e da Agência Central de Inteligência, também assinou o manifesto e ressaltou sua preocupação com o curso do país sob a liderança atual.
“Por meio de suas ações e retórica, Trump demonstrou que não tem caráter e competência para liderar esta nação e se envolveu em um comportamento corrupto, o que o torna incapaz de servir como presidente”, pontuou.
“Nunca encontramos um homem tão terrível na Presidência. Estamos lidando com um presidente sem lei que não tem fidelidade à nossa Constituição ou valores”, afirma o General aposentado Barry McCaffrey, acentuando a fala do também general aposentado Stanley McChrystal, ao citar as Fake News, tão populares no governo trumpista: “Não acho que [Trump] diga a verdade… Acho que ele é imoral e nessas horas, é necessário tomar uma posição”.
Mariane Barbosa, jornalista da equipe da Diálogos do Sul
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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