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Brasília manifestando seu repudio às reformas de um presidente conspirador, golpista e ainda por cima sob inquérito de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de justiça pela Procuradoria Geral da República, observa atônita a possibilidade de promulgação de um decreto por parte deste farsante, convocando as forças armadas para manter a ordem no Distrito Federal.
O uso das Forças Armadas no Brasil é regido pelo artigo 42 da Constituição, que determina que nossas Forças Armadas se destinam a defesa do território nacional e não para reprimir o povo brasileiro, como ocorreu no Golpe de abril de 1964.
A Força Nacional foi criada exatamente para isto sob a responsabilidade do Ministério da Justiça. A situação é grave, o Congresso deveria se manifestar a esse respeito – que preocupa e coloca em xeque as instituições brasileiras – nosso povo, nossa liberdade e nossa democracia.
Isto é grave, muito grave, pois não temos na condução de nenhuma das duas casas legislativas federais, parlamentares sérios, que tenham moralidade e isenção, ambos são investigados pela operação Lava-Jato.
Onde está o ministro Serraglio, da justiça que sequer se manifesta e ocupa neste momento um cargo de marionete do atual conspirador e golpista Michel Temer?
O governo está no fim. Esta atitude dos atuais ocupantes do Planalto (os que sobraram) visa sem dúvidas criar um clima de instabilidade no país e com esta atitude de colocar as Forças Armadas nas ruas, nada mais é que construir o discurso da ordem, mesmo sem legitimidade, que presenciamos em 1964.
Temos que reagir, a instabilidade deste farsante no Planalto só nos leva a desobediência social.
Diretas já!
*João Vicente Goulart é Diretor IPG- Instituto João Goulart e colaborador da Diálogos do Sul.