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Única sobrevivente da Casa da Morte morre em Niterói

Revista Diálogos do Sul

Tradução:

Inês Etienne Romeu tinha 72 anos e faleceu em casa, na manhã desta segunda-feira

Juliana Dal Piva*

A ex-líder da Vanguarda Revolucionária Palmares (VPR) e única sobrevivente da Casa da Morte de Petrópolis, Inês Etienne Romeu, de 72 anos, morreu no início da manhã desta segunda-feira, em Niterói, na Região Metropolitana. Segundo informações, ela estava em casa e faleceu enquanto dormia.

Inês foi presa pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury em São Paulo, no dia 5 de maio de 1971. Depois foi levada à Casa da Morte, onde ficou presa por 96 dias, sendo submetida a torturas e estupros. Ela foi libertada em Belo Horizonte em agosto de 1971. O imóvel, onde funcionou o centro clandestino, existe até hoje na Rua Arthur Barbosa 668, no bairro Caxambu, em Petrópolis. O proprietário atual é Renato Noronha, que comprou a casa em 1978.

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Ao chegar na casa de uma pessoa da família, Inês resolveu se entregar na mesma hora às autoridades oficialmente para garantir sua vida. Condenada, ela ficou presa até 1979, e dois anos depois conseguiu localizar a casa onde esteve presa em Petrópolis. Ela foi a última a deixar a prisão após a anistia.

Na Casa da Morte, em Petrópolis, mais de 20 militantes teriam sido mortos. O local funcionava como uma prisão clandestina

Foto:  Divulgação


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.
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