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ToggleNa conferência de imprensa que ontem deu no Palácio de Miraflores, em Caracas, o ministro venezuelano da Comunicação e da Informação, Jorge Rodríguez, lembrou que, no dia 23 de Março, o governo do seu país já havia alertado o mundo para a rede de corrupção promovida contra a Venezuela a partir de Cúcuta, na Colômbia, e coordenada sobretudo pelo autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, que estava “se apropriando de recursos, dinheiro e bens que pertencem aos venezuelanos”, informam a VTV e a AVN.
Na sequência das investigações realizadas, foram mostradas conversas mantidas entre Roberto Marrero, que era o coordenador administrativo e político de toda a rede de corrupção e roubo de fundos da Venezuela diretamente para Juan Guaidó, e Rossana Barrero – conhecida como “Rossana de Cúcuta”.
Foram também exibidas conversas, mantidas por celulares de Guaidó com Rossana Barrero e Kevin Rojas, ambos militantes do partido de extrema-direita Voluntad Popular, e que lidavam com “fundos roubados do povo venezuelano para financiar a entrada no país de mercenários provenientes de El Salvador, das Honduras e da Colômbia para perpetrar ações terroristas”.
A este propósito, Jorge Rodríguez explicou que Rossana Barrera e Kevin Rojas substituíram na “rede” Gaby Arellano e José Manuel Olivares, os anteriores responsáveis na cidade colombiana de Cúcuta pela “coordenação das ações de terrorismo, sicariato e agressão na fronteira, bem como pela organização dos militares desertores”.
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Uma rede gigantesca e podre de corrupção
Sobre o modus operandi de Guaidó, apontou que “trata-se de roubar os recursos de qualquer organismo ou empresa venezuelana no estrangeiro com a cumplicidade dos governos da Colômbia, dos Estados Unidos, da Argentina, entre outros”.
Acrescentou que “criam ONG falsas e, quando conseguem algum tipo de depósitos que pertencem à Venezuela para a compra de alimentos, medicamentos, realização de intervenções cirúrgicas, [estes] são transferidos para contas pessoais”.
“É uma rede gigantesca e podre de corrupção para levar o dinheiro destinado para as nossas crianças doentes, para comprar comida, para comprar medicamentos e desviá-los para pagar álcool, prostitutas, [produtos em] lojas caras, hotéis de luxo”, denunciou Rodríguez, sublinhando que “fica claro que não tinham qualquer intenção de levar ajuda humanitária a lado algum” e que “a verdadeira intenção era violar a fronteira [venezuelana], invadir, roubar“, indicam AVN e VTV.
Dinheiro da Citgo desviado para contas pessoais
O ministro da Comunicação disse ainda que os juros dos 800 milhões de dólares depositados em bancos estadunidenses ou de outro continente que pertencem à Citgo, filial estadunidense da empresa estatal petrolífera venezuelana PDVSA, estão sendo transferidos para contas pessoais – da confiança de Juan Guaidó.
Disse ainda ter dados recentes de acordo com os quais é provável que o Departamento de Justiça do EUA investigue o conselho de administração que o golpista Juan Guaidó nomeou para a Citgo, por alteração da contabilidade.
Ao que parece, o beneficiado no processo fraudulento – no valor de 70 milhões de dólares – é Carlos Vecchio, representante político da extrema-direita venezuelana, foragido à Justiça no seu país e que Guaidó “nomeou” como embaixador da Venezuela em Washington.
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