No próximo dia 20, acontecerá no Equador o primeiro turno das eleições extraordinárias decorrentes da ação do atual presidente, Guillermo Lasso, de dissolver o Parlamento Nacional.
O pleito se aproxima submerso em um clima de tensão, incerteza e risco à democracia, decorrente da crescente crise de segurança pública que alcançou um grave patamar após ao assassinato do candidato à presidência Fernando Villavicencio. Ele foi executado com três tiros na cabeça, na tarde desta quarta-feira (9), quando saía de uma atividade eleitoral numa escola na zona norte de Quito.
Não poderíamos estar ausentes desse tão importante processo. Por isso, a Agência ComunicaSul de Comunicação Colaborativa, da qual a Diálogos do Sul faz parte, viaja para o Equador para acompanhar as eleições presidenciais do próximo dia 20, um pleito marcado pelo confronto entre o projeto nacional e popular da oposição e o neocolonial, submisso ao sistema financeiro e às transnacionais, abraçado pela mídia venal.
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Para saber como se dará essa cobertura e as expectativas para uma vitória sobre Guillermo Lasso, Paulo Cannabrava Filho conversou com os jornalistas da ComunicaSul Leonardo Severo e Caio Teixeira. Confira:
Em maio, o Congresso iniciou um processo de impeachment contra Lasso por prevaricação. Ele reagiu utilizando o dispositivo constitucional de Morte Cruzada, que lhe autoriza dissolver o parlamento e convocar novas eleições.
O fracasso de mandatário assistido hoje, vale dizer, foi também o fracasso do modelo econômico do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do rentismo financeiro implantado no país.
Matéria de Proaño publicada na Diálogos do Sul destaca que as oito instituições pesquisadoras registradas no Conselho Nacional Eleitoral coincidem, situando Luisa González em primeiro lugar, e Otto Sonnenholzner (ex-vice-presidente de Moreno) ou Fernando Villavicencio (o melhor defensor de Lasso) em segundo lugar, o que os qualifica para o segundo turno, mas é possível que o dirigente indígena Yaku Pérez assuma o segundo posto.
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“Teremos que decidir nas urnas: ou um governo de morte ou um governo de direitos”, disse em entrevista à agência Prensa Latina a candidata do movimento Revolução Cidadã (RC), favorita ao cargo presidencial.
O vencedor destas eleições ficará por menos de dois anos no cargo, tendo em vista que apenas completará o período atual, que termina em maio de 2025.
Redação | Diálogos do Sul
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