Conteúdo da página
ToggleA situação epidemiológica colocada pelo coronavírus colocou no centro das inquietações o assunto dos recursos necessários para agir diante dela e do dinheiro que será requerido para atender as dificuldades.
De um lado, encontra-se o método utilizado, o distanciamento social rigoroso, que se baseia na consciência cidadã e na vigilância de corpos públicos de segurança. Uma quarentena longa, que requer o funcionamento básico da economia e de recursos financeiros para atender a alimentação, a água e a eletricidade.
Por outro lado, encontra-se a necessidade de responder medicamente a quem apresenta sintomas por contágio, ou se vejam em uma situação delicada. Nesse caso, trata-se de otimizar, pôr em dia a infraestrutura existente e adquirir equipamentos. Ao mesmo tempo, potenciar o pessoal médico e de centros de saúde. Fazer deles uma vanguarda diante da crise, remunerá-los com altos salários e com o reconhecimento de sua entrega.
President of Russia
Em plena expansão da pandemia, sobem as tensões e se põe preço à cabeça do presidente da Venezuela.
O bloqueio
Tanto para a quarentena, como para o atendimento médico são necessárias dotações e dinheiro. Como se sabe, nessa matéria a Venezuela está muito debilitada, como consequência da deterioração do aparelho produtivo por má gestão, pelo bloqueio petroleiro e a queda dos preços do petróleo.
Para enfrentar a pandemia, numerosos países recorreram ao auxílio internacional, e no nosso caso é ainda mais necessário. Entre as fontes de recursos está o petróleo, de difícil venda por causa das sanções. Outra fonte está nos fundos depositados no exterior, que se encontram bloqueados; também é importante que cessem as sanções.
Depois está a opção de um empréstimo como o do Fundo Monetário Internacional, do qual a Venezuela é membro e ante o qual apresentou dados em dezembro de 2018. A aprovação de um fundo rápido de compras diretas é viável.
Fake news da AP
Pois, bem, tanto o alívio das sanções como o empréstimo do FMI dependem de decisões políticas e não técnicas. De maneira que para que algo disso aconteça, o governo dos Estados Unidos teria que modificar ou diferir sua estratégia dirigida a depor o governo venezuelano.
Mas não é isso que acontece, pelo contrário, utiliza-se a pandemia como instrumento. Não é casual a pressa em afogar desde o primeiro momento a solicitação ao FMI pela difusão de uma fake news da Associated Press na qual se anunciava que já havia uma decisão, o que era falso, e se fazia referência a um documento inexistente.
Da mesma forma, se soube que já iniciada a crise que afeta a população uma segunda empresa russa comercializadora de petróleo foi sancionada. E agora, em plena expansão da pandemia, sobem as tensões e se põe preço à cabeça do presidente da Venezuela. A consequência é um maior cerco ao país, em tempos de coronavírus.
Veja também