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Visita de Lula ao Chile inicia “nova era” de relação bilateral e retoma “sonho da integração”

Lula chegou ao Chile no domingo à noite para uma visita de dois dias na companhia de 14 ministros e 250 empresários, o que segundo Boric “demonstra a importância que o Brasil dá ao Chile”
Aldo Anfossi
La Jornada
Santiago del Chile

Tradução:

Beatriz Cannbrava

Nesta segunda-feira (5), enquanto o presidente do Chile, Gabriel Boric, evitou falar sobre se discutiu ou não a situação política na Venezuela com o mandatário brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, de visita em Santiago, este confirmou que foi um tema de conversa entre ambos.

“Durante o encontro com o presidente Gabriel Boric, expliquei as iniciativas que tenho empreendido com os presidentes Gustavo Petro, da Colômbia, e Andrés Manuel López Obrador, do México, em relação ao processo político venezuelano, o respeito à soberania popular é o que nos move a defender a transparência dos resultados”, afirmou Lula em suas redes sociais.

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O presidente brasileiro sustentou que “o compromisso com a paz é o que nos leva a chamar as partes ao diálogo e promover o entendimento entre governo e oposição”.

Boric, por outro lado, na entrevista coletiva com o mandatário brasileiro, justificou por que não se referiu à contingência na Venezuela. “Esta visita se trata sobre a relação Chile-Brasil. Sei que pode haver muitas perguntas a respeito de outros temas. E em relação a outros assuntos de contingência nacional, regional e internacional, em particular a situação da Venezuela, vou me referir amanhã (terça-feira) à tarde”, afirmou.

Lula crítica apagão diplomático entre Brasil e Chile

Boric deu as boas-vindas ao “presidente, companheiro e amigo” Lula, que chegou a Santiago no domingo à noite para uma visita de dois dias na companhia de 14 ministros e 250 empresários, o que segundo o chileno “demonstra a importância que o Brasil dá ao Chile”.

Na sua vez, na entrevista coletiva, Lula não fez menção à Venezuela, mas falou de “uma nova era” de relações bilaterais, em referência ao apagão diplomático, disse, que significou para o Brasil a presidência de Jair Bolsonaro, quando houve “um retrocesso muito grande” e se esqueceu “o sonho da integração”.

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“Dizem que os países não têm amigos, que têm interesses. Esse não é o nosso caso, com o Chile mantemos uma amizade sem limites, uma aliança diversa e ampla. Por isso decidimos fazer do dia 22 de abril, data em que estabelecemos nossas relações diplomáticas em 1836, o Dia da Amizade Brasil-Chile. Nossa relação bilateral tem vocação regional e global”, comentou.

Lula percorreu o Palácio de La Moneda, particularmente o setor onde teve seu gabinete o presidente Salvador Allende, morto durante o golpe militar de 1973, área que foi reconstruída após ser destruída durante o bombardeio aéreo e terrestre que suportou então a sede do governo chileno.

Confira a declaração conjunta.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Aldo Anfossi

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