Pesquisar
Pesquisar

2 de outubro: chegou a hora de a população brasileira assumir seu protagonismo na história

Mudanças terão que ser cultivadas, com esforços coletivos e com governos comprometidos com a radicalização da democracia
Claúdio di Mauro
Diálogos do Sul
Uberlândia (MG)

Tradução:

Esta é uma semana decisiva na escolha do futuro que desejamos para o Brasil.

Quando afirmamos para o Brasil, estamos nos referindo à nação brasileira, constituída de sua população, seu território, usos e costumes, preservados por administração que se articule com tais maneiras de viver.

Não cremos que a maioria esmagadora da população brasileira queira um governo autoritário, estimulador das diversas matizes do ódio, da agressividade e das armas.

Assista na TV Diálogos do Sul

O Brasil tem sido reconhecido internacionalmente como um País onde seu povo é feliz, alegre e trabalhador, um País com potencial para se localizar entre as maiores economias do globo. Por isso, em alguns anos, saímos do Mapa da Fome de autoria da Organização das Nações Unidas – ONU.

Sempre fomos vistos no mundo como o País de lindas e ensolaradas praias, de maravilhosos Biomas onde são diversificadas as famílias e espécies animais e vegetais, a exemplo da Amazônia, do Pantanal Mato-grossense, das Cataratas do rio Iguaçu, do Futebol Arte, da culinária variada e muito desejada, de pessoas gentis, simples, mas atenciosas com todos os povos, independente de suas origens.

Em cerca de 8 anos, o Brasil foi levado desde as melhores posições do topo mundial que ocupava no que diz respeito ao Desenvolvimento Econômico, medido pelos critérios do mundo capitalista, para se constituir e ser reconhecido como um pária que permite a morte de sua população pela falta de cuidados com a saúde, e a fome para seus pobres e oprimidos.

Mudanças terão que ser cultivadas, com esforços coletivos e com governos comprometidos com a radicalização da democracia

Vitor Marinho – Flickr

Não se pode esperar que tais transformações aconteçam em apenas um lance de sorte e eleitoral

O que aconteceu com o Brasil? O que fizeram com esse Brasil que buscava a construção da Democracia Profunda e que, ainda que de maneira tímida, buscava a redução das desigualdades sociais, ambientais, políticas? O que aconteceu que nosso País foi lançado à vala comum dos esgotos mundiais?

O que fez com que as elites econômicas promovessem o golpe contra o Estado Democrático de Direito?

Nestas eleições, abster-se ou anular voto é cruzar os braços diante da tragédia brasileira

O que aconteceu com a auto estima de nosso povo que está a cada dia mais sofrido? Nossa gente ficou cabisbaixa.

Nesta semana, ainda no início da primavera, poderão estar chegando as flores. A alegria da nossa gente tem ido para as ruas e praças, com música dançando e demonstrando que o imenso gigante está acordando.

Ressurgiu a esperança com a possibilidade de buscar experiências mais desafiadoras e dedicadas ao bem comum:

– recuperar nossa articulação valorizando a ciência e a tecnologia;
– recuperar os bancos universitários para setores subalternizados que antigamente não entravam no ensino superior;
– recuperar os investimentos dos ganhos financeiros com o Pré-Sal para Educação, Saúde, Cultura;
– recuperar a possibilidade de nossa população se alimentar e morar com dignidade;
– até o futebol arte, típico da habilidade de brasileiros, poderá ser reabilitado com Vinicius Júnior, Neymar e outros artistas da bola.

3 de outubro: diante do golpe miliciano-militar anunciado, como podemos reagir?

E não se pode esperar que tais façanhas aconteçam por milagres divinos. Mas, com o resultado das escolhas feitas pelos eleitores brasileiros. Também não se pode esperar que tais transformações aconteçam em apenas um lance de sorte e eleitoral.

Tais mudanças terão que ser cultivadas, com esforços coletivos, com governos comprometidos com a radicalização da democracia. Mas, nada dessas vitórias poderá se concretizar se não houver presença ativa dos Movimentos Populares e da cidadania como um todo.

Chegou o momento de a população brasileira assumir seu protagonismo na história que deveremos construir, a partir das ações do presente. Especialmente no próximo dia 02 de outubro, domingo.

Cláudio Di Mauro, geógrafo e colunista na Diálogos do Sul.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Assista na TV Diálogos do Sul

Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.

A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.

Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:

  • PIX CNPJ: 58.726.829/0001-56 

  • Cartão de crédito no Catarse: acesse aqui
  • Boletoacesse aqui
  • Assinatura pelo Paypalacesse aqui
  • Transferência bancária
    Nova Sociedade
    Banco Itaú
    Agência – 0713
    Conta Corrente – 24192-5
    CNPJ: 58726829/0001-56

       Por favor, enviar o comprovante para o e-mail: assinaturas@websul.org.br 


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.
Claúdio di Mauro

LEIA tAMBÉM

1fe87bc8-369d-4b78-beb4-3c0e60d7b520
Qual o preço da aprovação do furo do teto dos gastos? Saiu barato para o centrão!
60c4bd06-ab9f-4bd3-8926-d6d97b0e6289
Por mentir descaradamente durante eleições, Jovem Pan perde monetização no YouTube
a1478090-ccd2-4be6-a65e-9208a13c3341
Com derrota à crueldade fascista, RS dá fôlego à esquerda e retoma diálogo democrático
d3908a35-5d39-49e0-8e1b-a5eb2078d981
Fascistas nas ruas, serviço público precário e prefeito negligente: Porto Alegre volta a 1964