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Guatemala: Grupo de Puebla denuncia "golpe de Estado progressivo" contra Arévalo

Organização acusam altas autoridades da Procuradoria guatemalteca de "promover ações de guerra jurídica" contra o presidente eleito em agosto
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Cidade da Guatemala

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O Grupo de Puebla denunciou nesta terça-feira (21) que está em curso um “golpe de Estado progressivo” contra o presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, que enfrenta uma série de medidas judiciais que ameaçam sua posse.

Por meio de um comunicado, membros da organização progressista garantiram que “forças obscuras que governam o Poder Executivo e dirigem parte do Judiciário” buscam impedir a posse de Arévalo, do Movimento Semilla.

“À frente desta conspiração antidemocrática estão a procuradora geral, María Consuelo Porras, e o chefe da Procuradoria Especial Contra a Impunidade (FECI), Rafael Curruchiche, que, amparados pelo presidente Alejandro Giammattei e alguns magistrados corruptos do Poder Judiciário, estão promovendo ações de guerra jurídica (‘lawfare’)”, disse.

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Na semana passada, a Procuradoria guatemalteca solicitou um processo prévio de mérito contra Arévalo e a vice-presidenta eleita, Karin Herrera, para imputá-los penalmente no quadro de uma investigação por danos durante a ocupação de uma universidade estatal em 2022.

O Grupo de Puebla considera que por trás deste tipo de “ações arbitrárias” está a pretensão de “criar condições para uma ruptura violenta da continuidade democrática” na Guatemala.

Bernardo Arévalo: Vitória do Semilla é ato de coragem do povo da Guatemala

Os signatários, entre os que se destacam os ex-presidentes Ernesto Samper (Colômbia) e José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha), instaram o Conselho Latinoamericano para a Justiça e a Democracia, parte integrante do Grupo de Puebla, a tomar medidas preventivas junto a organismos internacionais para “evitar a efetivação do golpe de Estado em curso”.


O que disse Arévalo

Ainda na terça-feira, Arévalo pronunciou-se em sua conta oficial do X para repudiar qualquer tentativa de suspender a pessoa jurídica de Semilla.

“Ninguém deve ser perseguido por suas opiniões políticas. A verdade e a justiça prevalecerão. Não deixaremos que pisoteiem a semente da esperança”, assegurou.

Redação | RT en Espanhol
Tradução: Ana Corbisier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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