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Petro oferece ajuda ao Equador e adverte: caos é fruto da política antidrogas equivocada

Nação equatoriana vive auge de violência e território foi declarado pelo presidente Noboa como cenário de um “conflito armado interno”
Jorge Enrique Botero
La Jornada
Bogotá

Tradução:

Colômbia militarizou a fronteira com o Equador à raiz dos episódios que levaram o presidente Daniel Noboa a decretar o estado de guerra em seu país, informaram hoje porta-vozes das Forças Militares e de polícia. 

“Temos implantado um amplo dispositivo na fronteira com o país irmão”, disse a meios locais o general Helder Giraldo, comandante das forças militares horas depois que o presidente Gustavo Petro declarou que a Colômbia “está atenta a todo apoio que o governo do Equador nos solicitar”.

Segundo o ministro da defesa, Iván Velázquez, foram reforçados militarmente quatro pontos fronteiriços “para fechar a passagens aos delinquentes que tentem ingressar ao país desde território equatoriano”. 

Caudalosos rios, selva amazônica e uma sucessão de montanhas andinas conformam a geografia dos 586 quilômetros de fronteira binacional, por décadas sob o domínio de grupos armados irregulares e cartéis do narcotráfico. 

“Uma política antidrogas equivocada e falida gerou a expansão de poderosos bandos internacionais”, expressou pelas redes sociais o presidente Petro ao se referir ao auge da violência no Equador, cujo território foi declarado pelo presidente Noboa como cenário de um “conflito armado interno”.

O chefe de Estado equatoriano solicitou ao seu homólogo da Colômbia que se encarregue de cerca de 1.500 presos colombianos com sentenças de mais de cinco anos que na atualidade estão recluídos em cárceres do Equador. Noboa disse que está em comunicação com Petro para que estas deportações massivas se realizem no que resta da semana.

Jorge Enrique Botero | La Jornada, especial para Diáogos do Sul – Direitos reservados.
Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Jorge Enrique Botero Jornalista, escritor, documentarista e correspondente do La Jornada na Colômbia, trabalha há 40 anos em mídia escrita, rádio e televisão. Também foi repórter da Prensa Latina e fundador do Canal Telesur, em 2005. Publicou cinco livros: “Espérame en el cielo, capitán”, “Últimas Noticias de la Guerra”, “Hostage Nation”, “La vida no es fácil, papi” y “Simón Trinidad, el hombre de hierro”. Obteve, entre outros, os prêmios Rei da Espanha (1997); Nuevo Periodismo-Cemex (2003) e Melhor Livro Colombiano, concedido pela fundação Libros y Letras (2005).

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