A China assegurou nesta terça-feira (18) que se opõe à política de dois pesos e duas medidas relacionada à questão de direitos humanos, razão pela qual se opõe a utilizar esses casos para interferir nos assuntos internos do país. A declaração vem após o país fazer uma série de encontros com membros de União Europeia (UE) sobre este assunto nos últimos dias.
“A China está disposta a levar a cabo intercâmbios e cooperação em matéria de direitos humanos na base da igualdade e do respeito mútuo para melhorar o entendimento e a confiança, ampliar o consenso, resolver diferenças e avançar juntos”, assegurou Lin Jian, porta-voz da chancelaria, em uma entrevista coletiva.
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Pequim instou que a UE “trabalhe conosco na mesma direção, defenda o diálogo e a cooperação ao invés da confrontação e da pressão, e contribua conjuntamente à causa internacional dos direitos humanos”.
Funcionários chineses apresentaram as opiniões do governo sobre os direitos humanos durante as conversações com os diplomatas do bloco europeu que assistiram à 39ª Sessão do Diálogo Conjunto sobre Direitos Humanos, no distrito sulista de Chongqing, em 10 de junho, e visitaram a região autônoma de Xizang, no sudoeste, entre os dias 13 e 15.
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Em Pequim, também em 10 de junho, Miao Deyu, ministro assistente da chancelaria, deu uma introdução integral ao conceito e às conquistas dos direitos humanos na China durante as conversações com Paola Pampaloni, diretora-geral adjunta para Ásia e Pacífico do Serviço Europeu de Ação Exterior.
Segundo um comunicado de Ação Exterior da UE, publicado em seu site web na nesta segunda-feira (17), durante o diálogo, a UE destacou suas “preocupações” pela situação em Xinjiang, Xizang e Hong Kong na China, e sobre temas relacionados com a pena de morte e os direitos trabalhistas.
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Durante o diálogo, a parte chinesa também enfatizou que as questões relacionadas com as três regiões e os casos judiciais são puramente uma questão de assuntos internos do país e não devem estar sujeitos a interferência externa.
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