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Toggle“Se a direita voltar ao poder, sabemos que haverá simplesmente um conflito de interesses do capitalismo”. Quem afirma é Ovi Ortiz, porta-voz da Comuna Socialista El Panal 2021, na Venezuela.
Ortiz esteve presente no ato de encerramento da campanha presidencial de Nicolás Maduro, na última quinta-feira (25), em Caracas, e conversou com a jornalista Vanessa Martina-Silva.
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No breve bate-papo, ela falou sobre o que a leva a apoiar o chavista e quais os riscos de uma possível vitória da Edmundo González, substituto de Maria Corina Machado e maior representante dos interesses imperialistas nesta eleição.
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“Tudo o que conquistamos em nossa comunidade vai desaparecer, porque eles (a direita), durante a quarta república, nunca acreditaram no povo”, lembra Ovi Ortiz, que acrescenta:
“O presidente Nicolás Maduro é garantia de poder popular, ele acredita nos poderes criativos do posso povo”.
Defender o chavismo
No mesmo sentido vai Elias Miranda, que assim como seus companheiros vestia uma camiseta com o lema de Maduro, “Gallo pinto”, um equivalente a galo de briga.
“É impossível aceitar hoje em dia que, depois de terem nos quebrado os pés, as pernas, as costelas, venha Maria Corina com uma muleta e a gente diga que ela é solução para os nossos problemas”, protesto Miranda.
Para ele, é também impossível aceitar todo o assédio do império estadunidense contra o país e o humilde povo de Bolívar e Chávez: “Não esqueçam das guarimbas (entenda o significado aqui), das pessoas que queimaram, do bloqueio pretoleiro, das sanções, não podemos esquecer”.
Neste sentido, Miranda aproveitou para chamar todos a votar, e com consciência, em nome do projeto chavista: “Chávez resgatou o ideal bolivariano e hoje estamos aqui porque a soberania da Venezuela se luta e se defende até com a vida. Mais do que amá-la, é preciso defendê-la”, recomenda.
Direita, um risco ao setor pesqueiro
Iriana Mercedes é líder comunitária na região pesqueira de Machurucuto e convocou a todos os pescadores e aquicultuores a apoiar Nicolás Maduro e a pátria venezuelana, e desabafou:
“Se a direita ganha, não sei o que poderia acontecer com nosso setor, porque nosso presidente Hugo Chávez foi quem nos identificou diante da pátria como setor produtivo”.
O receio não é em vão. Com Chávez, a pesca tradicional passou a contar com um amplo suporte, e a categoria dificilmente conseguiria se manter em atividade se esses subsídios chegassem ao fim.
Banho de sangue
Hector Hugo é secretário no Partido Comunista da Venezuela no estado de Carabobo. Em referência ao recente pronunciamento de Nicolás Maduro usado de maneira deturpada pela grande mídia dentro e fora do país, ele afirma:
“Se a direita ganha, o que iria acontecer é um banho de sangue”.
Ele diz que a oposição tem anunciado a nível nacional que irão contra o chavismo e contra a revolução caso vençam neste domingo (28), e que o fascismo será instaurado na Venezuela.
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Sobre o que o leva a votar no atual presidente, ele explica: “Nós, comunistas, estamos apoiando Nicolás Maduro Moro porque ele é o homem que tem conseguido romper o cerco econômico que aplicam a nível internacional”.
E finaliza: “Continuaremos com a revolução e, ao fascismo, vamos dizer nesse 28 de julho: ‘Não, não passarão!’”.