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Tanque Abrams sendo rebocado (Foto: U.S. Army Europe)

Mau negócio: EUA entregam 38 tanques Abrams a Taiwan e incitam separatismo

Ao todo, os EUA vão entregar mais de 100 Abrams a Taiwan; analistas afirmam que os tanques não teriam bom desempenho na ilha e seriam facilmente despedaçados
Russia Today
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Moscou

Tradução:

Ana Corbisier

O primeiro lote de 38 tanques M1A2T Abrams que Taiwan comprou dos EUA chegou neste fim de semana à ilha, e na madrugada desta segunda-feira foi transferido para um centro de treinamento do Exército taiwanês em Hsinchu, segundo a CNA.

Os militares taiwaneses receberam também quatro veículos blindados M88A2 recuperados. Segundo o plano anunciado anteriormente pelas autoridades de Taiwan, 42 tanques M1A2T Abrams comprados de Washington serão entregues em 2025 e outros 28 em 2026.

aprovação por parte dos EUA da venda a Taiwan dos 108 tanques Abrams M1A2T em 2019 foi condenada pela China, assim como as posteriores vendas de armas à ilha. Em Pequim, destacaram em reiteradas ocasiões que estas ações dos EUA “violam gravemente o princípio de uma só China”enviam “um sinal totalmente equivocado às forças separatistas que defendem a independência de Taiwan”.

Os meios de comunicação taiwaneses qualificam a chegada dos tanques estadunidenses de “muito esperada” e destacam que os M1A2T Abrams — que constam de “um canhão letal de 120mm, armadura composta de alta proteção e de uma excelente mobilidade e eficiência em combate”— são conhecidos como “o veículo de combate mais poderoso no terreno”.

“Pesado demais”

O M1A2 Abrams “não é uma boa opção” para a ilha de Taiwan, avalia por sua vez o especialista militar da China continental, Wei Dongxu para o Global Times. Segundo explica, a ilha “é densamente coberta de redes de água”, razão pela qual este tanque estadunidense, que pesa mais de 60 toneladas, terá “grandes limitações” de mobilidade e de deslocamento.

O especialista indica ainda que a turbina de gás do M1A2 consome muito combustível, razão pela qual este tipo de tanque estadunidense requer uma manutenção complicada. Por outro lado, garante que o M1A2 “irá aos pedaços” em um combate com forças de aviação, como helicópteros de ataque armados com mísseis antitanque.

Por sua vez, o editor chefe da revista Aerospace Knowledge com sede em Pequim, Wang Yanan, disse à revista que no combate terrestre moderno a capacidade de sobrevivência dos tanques Abrams enfrenta sérios desafios devido às ameaças sem precedentes dos drones. “Os tempos mudaram e os padrões de combate do passado já não existem”, insistiu, concluindo que se as autoridades de Taiwan acreditam que os tanques M1A2T Abrams darão um “impulso significativo a suas capacidades militares, suas esperanças são demasiadamente altas”.

Neste contexto, a revista lembra que os tanques estadunidenses M1A1 Abrams, da mesma família que os M1A2T vendidos a Taiwan, não mostraram um alto desempenho no contexto do conflito na Ucrânia. Devido ao uso pelo Exército russo de drones e de outro “armamento avançado, como o míssil antitanque Kornet”, os “M1 Abrams sofreram grandes perdas no solo ucraniano”, destaca a revista chinesa.

No princípio de dezembro, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, admitiu que os tanques Abrams fornecidos pelos EUA ao regime de Kiev não se mostraram muito eficazes em combate.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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