Nós, a Revista Diálogos do Sul, a TeleSUR TV e mais 28 veículos de comunicação progressistas ao redor do mundo assinamos ontem (11) um protesto condenando a brutal execução da jornalista palestina Shireen Abu Akleh, pelas Forças de Ocupação de Israel.
Ainda ontem, durante a madrugada, Shireen cobria uma operação no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, quando foi morta com um tiro no rosto, mesmo usando colete que a identificava como jornalista.
Ali al-Samoudi, membro da equipe de Akleh, composta ao todo por quatro profissionais, também foi baleado nas costas, está internado, mas fora de perigo.
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Shireen Abu Akleh tinha 51 anos e era jornalista sênior, atuando havia 25 anos na Al Jazeera
“Sua morte não é uma anomalia, nem acidental. Ao longo dos últimos anos, jornalistas palestinos foram repetidamente alvos do Estado de Israel, sofrendo assédio judicial e violência nas mãos das forças israelenses”, denuncia a carta.
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No texto – também assinado pelo portal peoples dispatch – os comunicadores denunciam ainda a tentativa, por oficiais israelenses, de se livrar da responsabilidade pela morte. Autoridades sionistas tentam culpar palestinos pelo disparo.
Shireen Abu Akleh tinha 51 anos e era jornalista sênior, atuando havia 25 anos na Al Jazeera. Ela cobria ofensivas e agressões da ocupação israelense contra o povo palestino, além de transmissões diretamente do Egito e dos Estados Unidos.
Leia a seguir a declaração traduzida na íntegra:
Nós, um grupo de veículos progressistas de todo o mundo, condenamos o brutal assassinato de nossa colega Shireen Abu Akleh pelas mãos das Forças de Ocupação israelenses.
Shireen, uma jornalista habilidosa e sensível da Al Jazeera, estava cobrindo um ataque violento ao campo de refugiados de Jenin pelas forças israelenses, quando ela e outros jornalistas foram baleados por atiradores israelenses apesar de serem claramente identificados como jornalistas. Shireen, que usava capacete e colete à prova de balas, foi morta com um tiro no rosto. Seu colega Ali al-Samoudi também foi baleado e ferido, mas está se recuperando.
Declarações divulgadas por oficiais israelenses e pela grande mídia tentando transferir a responsabilidade das forças israelenses pela morte de Shireen são irresponsáveis. Além disso, sua morte não é uma anomalia e nem acidental. Ao longo dos últimos anos, jornalistas palestinos foram repetidamente alvos do Estado de Israel, sofrendo assédio judicial e violência pelas mãos das forças israelenses. Também nos lembramos de Yaser Murtaja, cinegrafista e fotojornalista palestino, que foi morto ao cobrir a Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza em 7 de abril de 2018.
Nos solidarizamos com povo da Palestina, que continua a resistir ao violento regime de apartheid israelense, e com os corajosos jornalistas que colocam suas vidas em risco para contar suas histórias.
- Palestine Chronicle
- Ajans Près Popilè Ayisyèn (Haiti)
- Agencia Latinoamericana de Información – ALAI
- Al-Mayadeen (Líbano)
- ARG Medios (Argentina)
- Barricada TV (Argentina)
- Brasil de Fato (Brasil)
- Breakthrough News (Estados Unidos)
- Capire
- Cartago TV (Argentina)
- Colombia Informa (Colômbia)
- Diálogos do Sul (Brasil)
- El Ciudadano (Chile)
- The Insight Newspaper (Gana)
- Jornalistas Livres (Brasil)
- Kawsachun News (Bolívia)
- Liberation News (Estados Unidos)
- Madaar
- Multipolarista
- Nativa (Bolívia)
- NewsClick (Índia)
- New Frame (África do Sul)
- Pan African Television (Gana)
- Peoples Dispatch
- Pressenza International Press Agency
- Radyo Rezistans (Haiti)
- Reporteros de Investigación (Honduras)
- Resumen Latinoamericano (Argentina)
- Shadowproof (Estados Unidos)
- TeleSUR TV
Guilherme Ribeiro é colaborador da Diálogos do Sul.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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