Temos um presidente fanfarrão! Cheio de arrogância, ameaçador!
Essa é a realidade que vivenciamos nesta semana.
Quando as pessoas sabem que o chamado “voto impresso” é apenas uma redoma para investir na direção da consolidação do golpe militar miliciano, é bom que não se vacile! Bolsonaro tenta fazer o jogo para “melar” a democracia.
Sabendo que a maioria do povo brasileiro não se importa se o voto é em urna eletrônica ou em papel, Bolsonaro aproveita a passagem das tropas militares se deslocando do Rio de Janeiro para Formosa, em Goiás e provoca enorme insegurança política.
Faz ameaças veladas, intimidação ao levar tanques fumegantes e tropas armadas para a Esplanada dos Ministérios em Brasília, como se as Forças Armadas por inteiro estivessem ameaçando o Congresso Nacional, no dia em que o Parlamento apreciará aprovando ou não a PEC que pretende que as próximas eleições sejam realizadas com votos em papel.
É óbvio que essa postura ameaçadora não é unanime entre os Militares. Há gente muito séria que não entra nessa aventura de um Presidente da República bravateiro, que está cada vez mais isolado e se desmanchando ao ver a redução de seu apoio popular.
Confira na TV Diálogos do Sul:
Bolsonaro tentou envolver o Supremo Tribunal Federal –STF, nessa sua aventura golpista e convidou por mensagem eletrônica o Presidente do Poder Judiciário para participar de sua encenação com os tanques fumegantes na frente do Palácio do Planalto. Foi defenestrado por Luiz Fux que não compareceu ao “espetáculo”, não aceitou o “convite”.
Canhões e tanques fumegantes colocados na Praça dos Três Poderes apontando para o STF é algo que desrespeita a democracia, própria para atender interesses golpistas.
Palácio do Planalto
Enquanto Bolsonaro tenta se apropriar das FFAA em Brasília, no Senado Federal continuam as reuniões da CPI-da Pandemia.
Não é possível que Militares sérios estejam alienados em relação à desmoralização que Bolsonaro tem promovido expondo as Forças Armadas como se fossem seu brinquedinho, contra a democracia. Essa desmoralização não se limita ao Brasil, mas tem inclusive sentido e caráter internacional. O Brasil de Bolsonaro é motivo de pilherias em diversas partes do mundo.
É certo que o governo brasileiro está forrado de militares da ativa e da reserva. Isso dá para Bolsonaro o apoio que desfruta com esses setores. Mas não se depreende disso que o apoio das tropas seja geral.
Enquanto Bolsonaro usa, tenta se apropriar das FFAA, os tanques fumegantes do Exército e tropas armadas para desfilar em Brasília, no Senado Federal continuam as reuniões da CPI-da Pandemia.
Ali se desdobra a demonstração de que o Ministério da Saúde foi utilizado para enriquecer empresas e pessoas, algumas delas com patentes militares. Isso sim não tem outro nome, chama-se corrupção. Imagine-se que contaminações e mortes estavam e estão acontecendo enquanto membros do governo se vendiam em troca de propinas.
Por esses motivos e esses exemplos, torna-se indispensável que militares da ativa quando pretendem ocupar cargos de governos destinados a civis, deixem a ativa e sigam para a reserva. Que militares da ativa não assumam cargos de governos, apenas cumpram suas atribuições constitucionais.
As Forças Armadas já foram muito esgarçadas no governo Bolsonaro. É hora de seus componentes fazerem a revisão nessas práticas espúrias.
Bolsonaro tenta usar as FFAA e entra em choque com todos os poderes da Nação e setores organizados da sociedade. Ataca o Congresso Nacional, ataca o Poder Judiciário desrespeitando as instituições, apontando em favor da implantação de ditadura. Ele não respeita as instituições.
Bolsonaro não respeita as instituições e deixa claro que se não for vitorioso nas eleições de 2022 agirá “fora das linhas” da democracia. O Brasil está vivendo uma realidade antidemocrática fora do controle institucional.
O fato dos mandatários dos demais Poderes da República não aceitarem o convite de Bolsonaro para participar desse espetáculo “cafona” de desfile tacanha, fora de hora, pode representar importante sinal de que estão isolando Bolsonaro. Resta saber se haverá alguma iniciativa para reagir aos seus desejos ditatoriais.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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