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ToggleA política está em tudo que você conhece! O que torna quase impossível separar política de qualquer coisa, pois é algo que se conecta com tudo que fazemos e vivenciamos.
Fascismo e Autoritarismo
Em Star Wars (1977) o diretor George Lucas fala sobre autoritarismo e fascismo em uma escala interplanetária.
O Império de Star Wars se assemelha muito à Alemanha nazista. Podemos notar isso pelas roupas e pela cadeia de comando.
Em resumo, Star Wars nos mostra um Império autoritário e belicista, que deu um golpe de Estado e acabou com a democracia na galáxia.
A trilogia clássica mostra esse Império já no poder e combatendo a Rebelião, grupo que quer retomar a democracia. Esses Rebeldes são tratados como terroristas e perigosos, nada muito diferente do que acontecia com quem se opunha à Ditadura Militar no Brasil, por exemplo.
Montagem: Diálogos do Sul
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Em entrevista à BBC no ano de 2005, George Lucas lembrou que sempre planejou colocar um contexto histórico na saga.
“Eu não queria fazer um filme sobre como pessoas assumem o controle de uma democracia, queria entender como democracias podem se entregar a tiranos”
E as referências não ficaram apenas nas ideias, já que Lucas organizou todos os passos desse universo para nos mostrar como uma democracia morre.
“Como se entrega a democracia para um tirano com aplausos? Não com um golpe, mas com aplausos? Essa é a história de César, Napoleão e Hitler” disse George Lucas.
Essa resposta de Lucas é muito importante, pois contextualiza a frase muito relevante dita por Padmé Amidala (Natalie Portman) durante um dos filmes.
Controle Midiático
O controle das massas e a alienação é o tema que envolve o blockbuster Jogos Vorazes (2012) do diretor austríaco Francis Lawrence. O filme mostra o poder de uma propaganda em momentos de crise ou guerra.
Na película, inspirada no livro de mesmo nome, cidades pobres vivem à mercê de uma capital rica que usa um reality show para colocar jovens lutando entre si até a morte. Dentro dessa realidade, somente o último sobrevivente pode viver entre os ricos.
Desde o primeiro filme podemos ver o quão fútil se tornou capital e como a população normaliza as mortes em nome do entretenimento, enquanto as outras cidades precisam trabalhar para ter o básico.
Consumismo
O filme que tem a mensagem mais direta da lista é sem dúvidas o Clube da Luta (1999) do estadunidense David Fincher.
O diretor camufla muito bem o consumismo dentro da narrativa psicodélica de um cidadão que está surtando e cria um alter ego violento e disruptivo.
Clube da Luta não é sobre lutar com outros homens sem camisa para conhecer a si mesmo. O filme, na verdade, toca em diversos pontos, mas o principal deles é o consumismo excessivo.
Crítica que vem em cima da forma como damos importância a coisas materiais e trabalhamos até morrer para comprar coisas que não são essenciais para nossa vida.
Todas as questões psicológicas do filme são bem desenvolvidas também, mas a discussão política é bem forte. Clube da Luta é um filme poderoso que pode te enganar passando a mensagem errada, dependendo de como você assiste.
Privatização da segurança.
A ultima película dessa lista é também a minha favorita, não porque é um ótimo filme de ação, mas porque discute um tema que foi fator decisivo na última eleição presidencial no Brasil.
RoboCop (1987) é um clássico da ficção científica do diretor Paul Verhoeven. O filme mostra um policial trazido de volta à vida com partes robóticas. Apesar de ser um policial fodão e combater o crime como um super herói, o filme na verdade é uma crítica à privatização da polícia e da segurança.
O próprio RoboCop é tratado como uma propriedade da empresa e não como ser humano. O longa mostra os interesses de lucro da OCP (Omni Consumer Products) acima dos interesses de segurança da população de Detroit.
O filme nos faz refletir sobre que tipo de polícia queremos para sociedade e qual o preço de fazer da segurança um patrimônio privado.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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