Em declarações à Rádio W, a diretora pediu ao governo do presidente Iván Duque que descarte o pedido de vários parlamentares do partido Centro Democrático de direita por acreditar que isso só contribuirá para alimentar a espiral de violência nas ruas do país.
“A crise atravessada pelo país não pode ser enfrentada com a declaração do Estado de comoção interna porque vai agravar o confronto nas ruas do país e a experiência tem mostrado que coloca a população em risco de violação dos seus direitos, garantias e liberdades dos cidadãos”, disse Monzón aos meios de comunicação mencionados.
Nesta quarta-feira (5), o presidente Iván Duque afirmou que não descarta decretar o Estado de Comoção Interna para tentar acabar com os protestos que tomam conta do país.
A declaração do mandatário ocorre após seu partido, Centro Democrático, instar a aprovação da medida. A agrupação política é dominada pelo ex-presidente e senador Álvaro Uribe, suspeito de ter vínculos com o narcotráfico.
Reprodução Twitter
A greve nacional que a Colômbia vive hoje pelo nono dia consecutivo se mantém, aos olhos da comunidade internacional, devido aos repetidos relatos de mortos e feridos decorrentes da brutal repressão policial.
De acordo com o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Paz (Indepaz), até a véspera foram confirmadas a morte de 31 manifestantes e outros 1.220 feridos. Além disso, há mais de 80 desaparecidos.
O estado de comoção interna está contemplado na Constituição colombiana. Pode ser decretado pelo Presidente da República “em caso de grave perturbação da ordem pública que ameace iminentemente a estabilidade institucional, a segurança do Estado ou a convivência cidadã e que não possa ser evitada com o uso das atribuições das autoridades policiais ordinárias”.
Se entrar em vigor, as autoridades terão poderes para reprimir manifestações, assumir o controle dos meios de comunicação e ordenar a detenção de cidadãos sobre os quais existam indícios de alegada prática de vários crimes.
*Da Redação, com Prensa Latina
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
Assista na Tv Diálogos do Sul
Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.
A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.
Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:
- Cartão de crédito no Catarse: acesse aqui
- Boleto: acesse aqui
- Assinatura pelo Paypal: acesse aqui
- Transferência bancária
Nova Sociedade
Banco Itaú
Agência – 0713
Conta Corrente – 24192-5
CNPJ: 58726829/0001-56
Por favor, enviar o comprovante para o e-mail: assinaturas@websul.org.br - Receba nossa newsletter semanal com o resumo da semana: acesse aqui
- Acompanhe nossas redes sociais:
YouTube
Twitter
Facebook
Instagram
WhatsApp
Telegram